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sexta-feira, março 29, 2024

Motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba e Região Metropolitana entram em greve na terça-feira

O sistema de transporte público de Curitiba e da Região Metropolitana termina o ano como começou: sob a ameaça de uma paralisação e com empresários reclamando de dificuldades financeiras.

Na sexta-feira, dia 27 de novembro, motoristas e cobradores aprovaram um indicativo de greve que deve ser deflagrada na terça-feira, dia 1º de dezembro, caso não haja um acordo entre a categoria e empresários até lá.

O motivo é o aviso das empresas de que não há dinheiro para o pagamento do 13° salário no próximo dia 30 de novembro e de que os salários de dezembro e janeiro vão atrasar, além da demissão de 2 mil trabalhadores que operam as linhas urbanas da capital paranaense.

Na segunda-feira, dia 30 de novembro, empresários e trabalhadores têm uma audiência no Ministério Público do Trabalho para tentar buscar uma solução para o impasse e impedir uma paralisação do sistema.

De acordo com a assessoria do Sindimoc (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana), nas linhas metropolitanas vão parar os ônibus das empresas que não pagarem o 13º salário. Em Curitiba, vão parar todas as linhas dos consórcios que tiverem empresas inadimplentes com os trabalhadores.

O presidente da Urbs (Urbanização de Curitiba), Roberto Gregório da Silva Júnior, esteve reunido no fim da tarde de sexta-feira, dia 27 de novembro, com representantes do Setransp (Sindicato das Empresas de Rransporte) para tratar do assunto.

Antes da conversa Roberto Gregório da Silva Júnior afirmou que vê a ação das empresas como uma forma de pressionar a Prefeitura de Curitiba a aumentar a tarifa técnica, hoje fixada em R$ 3,21. Os empresários pediam o valor de R$ 3,40.

Faltando três meses para a nova tarifa, as empresas devem fazer de tudo para conseguir esses R$ 0,19 – diferença entre o que elas pediram e o que a prefeitura concedeu. Caso contrário, correm o risco de ver esse valor ser empurrado para a nova data-base de renovação da tarifa, que ocorre em fevereiro de 2016.

No mesmo mês, motoristas e cobradores discutem o reajuste salarial, que tem ocorrido sempre acima da inflação nos últimos anos.

“As empresas estão querendo ganhar, no nosso entendimento, através de um instrumento de pressão. Esse instrumento é típico, estão usando esse esforço para ter aumento na tarifa técnica, estão usando os trabalhadores para isso”, afirmou Roberto Gregório da Silva Júnior, que também fez críticas à gestão das empresas.

“O que precisamos é de empresas que se profissionalizem e estejam na vanguarda das ações e não simplesmente fiquem esperando reajuste de tarifa para aumentar os seus lucros.”

As negociações entre as partes devem continuar durante o fim de semana.

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