O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse nesta terça-feira (6) que vai reavaliar a decisão que tornou ultrassecretos documentos dos transportes metropolitanos, como os do Metrô.
O jornal Folha de São Paulo revelou nesta terça que a Secretaria de Transportes Metropolitanos, subordinada a Alckmin, tornou sigilosos por 25 anos centenas de documentos, que também incluem dados da CPTM e dos ônibus intermunicipais da EMTU.
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“Olha, isso foi feito não pelo governador. Isso foi feito na Secretaria dos Transportes e eu já determinei que seja feita uma reavaliação”, disse Alckmin. “Se não houver nenhum risco para os usuários do Metrô, ou nenhum problema, vai ser tudo liberado. Então nós já determinamos que seja feita uma reavaliação.”
Devido ao carimbo de ultrassecreto no material, os paulistas só poderão saber os motivos exatos de atrasos em obras de linhas e estações, por exemplo, um quarto de século após a elaboração de relatórios sobre os problemas.
Quase todas as obras do governo Alckmin estão atrasadas. A promessa de deixar a rede de metrô com 100 km, até 2014, feita no mandato passado, só deve ser atingida no final desta nova gestão – atualmente há só 78 km.
O Ministério Público informou que vai investigar a decisão do governo.
“Vivemos numa democracia. Se os dados se referem a gastos públicos, devem ser públicos”, disse o promotor Marcelo Milani, da área de Patrimônio Público.
* Com informações do jornal Folha de São Paulo