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sexta-feira, março 29, 2024

Alunos protestam contra mudanças no ensino de escolas estaduais em São Paulo

Alunos protestaram contra a reestruturação da rede de ensino estadual proposta pelo governo paulista em diversos pontos distintos de São Paulo na manhã desta quarta-feira (7). Os estudantes não querem ser transferidos de unidade escolar. A medida da Secretaria Estadual de Educação visa remanejar os alunos de forma que cada colégio só atenda um dos ciclos da educação. Algumas escolas seriam desativadas com o plano.

– Um dos grupos realizava um ato que chegou a interditar as avenidas Imirim e Engenheiro Caetano Álvares, ambas na Zona Norte da capital paulista. Na Avenida dos Direitos Humanos e na Alameda Afonso Schmidt, o trânsito também chegou a ficar impactado;

– Manifestantes também bloquearam duas faixas da Avenida Interlagos, na altura do nº 2500, no sentido centro, na altura do Shopping Interlagos;

– Manifestantes também protestaram pela rodovia Anchieta, em São Bernardo do Campo, na alça de acesso do Corredor ABD para a rodovia Anchieta no km 16, sentido litoral;

– Na Rua das Cerejeiras, em Parelheiros;

– E na região do Centro: nas praças da Sé, Ramos de Azevedo e da República, onde fica a sede da Secretaria Estadual de Ensino. Na Avenida Ipiranga, na altura da rua Araújo, sentido centro, três faixas chegaram a ficar bloqueadas;

– Os manifestantes que ocuparam a Praça da República depois fecharam a Rua da Consolação no sentido Bairro. Por volta de 10h50 o grupo estava na altura da Rua Piauí;

– Havia também registro de protesto na Avenida São João, na altura da Rua Libero
Badaró, mas ocupando somente a calçada. Depois seguiram pela Rua Libero Badaró;

Nesta terça (6), alunos da rede estadual já haviam promovido manifestações em diversos pontos da capital. A Avenida Paulista, na direção da Rua da Consolação, chegou a ficar interditada por cerca de três horas. A Rua da Consolação e a Avenida Ipiranga foram outras importantes vias ocupadas durante os atos dos estudantes.

Ibirapuera

Por volta de 12h50 havia registro de uma outra manifestação interferindo no trânsito da cidade. Um grupo bloqueava uma faixa da Avenida Pedro Álvares Cabral, na altura do Viaduto Euclides de Figueiredo, no Ibirapuera. Os motoristas enfrentavam lentidão no sentido Pinheiros. Os manifestantes pretendiam ir até o prédio da Assembleia Legislativa.

Reestruturação do ensino

A medida visa reorganizar a distribuição dos alunos nas escolas. As unidades passarão a atender exclusivamente um dos três ciclos de ensino: o primeiro, que abrange os alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental; o segundo, com alunos do 6º ao 9º ano do fundamental; e o terceiro, que reúne os três anos do ensino médio.

Atualmente, algumas escolas da rede estadual atendem alunos de mais de um dos ciclos. Para a Secretaria Estadual da Educação, o ideal é que as escolas recebam apenas estudantes de um dos ciclos e, desta forma, estejam mais focadas no aprendizado da faixa etária que atende.

A expectativa do governo é de que até mil escolas sejam atingidas com a mudança. Segundo a assessoria de imprensa da pasta de educação, os alunos que vão precisar ser transferidos serão matriculados em escolas que ficam até no máximo 1,5 quilômetro de suas casas. Eles serão informados sobre o endereço da nova unidade até o mês de novembro.

Escolas fechadas

Alunos de pelo menos duas escolas estaduais de São Paulo já foram notificados de que as instituições de ensino nas quais estudam serão fechadas em 2016. O possível fim das atividades está ligado à reestruturação do ensino. As mudanças devem ocorrer em todo o estado, com mais de 400 colégios sujeitos a fechar as portas partir do ano que vem.

A Escola Estadual José Edson Martins Gomes, de Osasco, na região metropolitana, é uma delas. Estudantes contam que funcionários do colégio já comentaram sobre o fechamento e informaram que eles devem buscar outro local para continuar os estudos. A unidade funciona nos três turnos e conta com mais de 1,2 mil alunos dos ensinos fundamental e médio.

A Escola Padre Sabóia de Medeiros, na Chácara Santo Antônio, Zona Sul da capital paulista, seria outra das atingidas pela reestruturação. Se fechar, os 800 alunos da instituição seriam remanejados para a Escola Plínio Negrão, que fica a 3,5 km dali – distância maior do que o limite estipulado pelo governo.

Governo garante vagas

De acordo com Sandoval Cavalcante, dirigente regional de ensino, “nenhum aluno ficará sem vaga”. O representante da Secretaria Estadual de Educação ressaltou também que nenhum espaço escolar será inutilizado.

Segundo ele, em caso de “disponibilização” de unidades, elas serão utilizadas para outros serviços de educação. Ou seja, se forem desativadas, as escolas serão transformadas em creches ou Etecs, por exemplo. Cavalcante explicou ainda que não há nenhuma decisão definitiva quanto ao apontamento de quais colégios serão fechados. O dirigente afirma que não está definido nem se algum deles será, de fato, desativado.

“Nós continuamos com processo aberto. Os diretores de escola devem encaminhar suas discussões junto às comunidades escolares. A diretorias de ensino estão abertas a esse procedimento para que possamos fechar a melhor proposta possível, para que os alunos tenham a vagas garantidas e a reorganização possa acontecer”, completou.

Fonte: G1

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