Movimentos sociais levaram bandeiras de defesa da democracia – contrários aos clamores por impeachment da presidente Dilma Rousseff – além de críticas ao ajuste fiscal, em protestos em São Paulo. Segundo os organizadores, a 21ª edição do Grito dos Excluídos levou 10 mil a duas manifestações.
Uma delas partiu da Avenida Paulista por volta das 11h e foi até o Monumento às Bandeiras, no Parque do Ibirapuera, fechando vias como a Rua Treze de Maio, Avenida Brigadeiro Luís Antônio e a Rua Manoel da Nóbrega, e outra se concentrou na Praça da Sé, no centro da cidade. A Polícia Militar não divulgou uma contagem oficial de manifestantes.
Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares, falou sobre os objetivos.
– Neste ano, tem dois pontos principais. Um é a luta por democracia e o segundo é pela não-retirada de direitos sociais, que esse ajuste fiscal não recaia sobre os trabalhadores, sobre as políticas sociais.
Já o advogado e assesor jurídico da Frente de Luta por Moradia, Manoel Del Rio, informou que o momento é de luta contra vantagens.
– Nós vivemos um momento importante em que os movimentos sociais vão ter que lutar contra os privilégios, porque as pessoas que têm privilégios dominam o Judiciário, o Congresso, dominam a maioria da máquina pública. Eles estão pressionando o governo para se apropriar dos nossos benefícios.
Entre os grupos que participaram da manifestação em São Paulo, havia aqueles que defendem os direitos das mulheres, a igualdade racial, os direitos da juventude e de moradia.
Por volta de 13h30 os grupos se dispersaram e não havia mais registro de manifestações.