Polícia busca imagens de trecho da ciclovia onde idoso foi atropelado

Homem de 78 anos morreu após ser atingido na ciclovia do Minhocão.
Polícia solicitou também perícia em bicicleta.

A Polícia Civil de São Paulo busca câmeras de segurança para obter detalhes sobre o atropelamento do idoso Florisvaldo Carvalho da Rocha na segunda-feira (17) por um ciclista na região da ciclovia embaixo do Minhocão, recém-inaugurada. O idoso, de 78 anos, chegou a ser internado, mas morreu horas depois.

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Segundo o delegado Lupércio Dinov, do 23 DP (Perdizes), também foi solicitado à Polícia Técnico-Científica um laudo técnico sobre a dinâmica do atropelamento e uma perícia na bicliceta conduzida por Gilmar Raimundo de Alencar.

O caso foi registrado inicialmente como lesão corporal, mas depois passou a ser tratado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Segundo o delegado Lupércio Dinov, o ciclista também se machucou no choque e não fugiu do local.

Gilmar Raimundo de Alencar é administrador de fazendas e mora na Zona Leste de São Paulo. Ele será ouvido na tarde desta quarta-feira (19) no 23 DP.

Faixa

Florisvaldo Carvalho da Rocha morava na região e ia comprar pão quando foi atingido após atravessar fora da faixa de pedestres. Ele chegou a ser internado na Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu de traumatismo craniano. O corpo da vítima está sendo velado e será enterrado nesta quarta-feira (19).

O atropelamento foi na Avenida General Olímpio da Silveira, perto de uma saída da Avenida Pacaembu.

O filho da vítima, o administrador Eduardo Carvalho Rocha, diz que o ciclista estava em alta velocidade.

“Meu pai saiu pra comprar um pão, ele atravessou a avenida e quando ele entrou na parte de pedestre da ciclovia foi atropelado por uma bicicleta. Essa bicicleta vinha em alta velocidade, pegou ele e consequentemente por ser uma pessoa já idosa ele sofreu ferimentos, vindo a falecer”, afirmou.

A ciclovia da Rua Amaral Gurgel, no Centro de São Paulo, foi inaugurada há dez dias e desde antes da abertura pedestres reclamaram do conflito no uso do espaço, que antes funcionava principalmente como um espécie de canteiro central para quem atravessa os dois sentidos da rua.

O problema acontece quando os pedestres caminham embaixo do Minhocão, alguns deles, em direção aos pontos de ônibus. Nos pequenos espaços entre os pilares e a rua, eles acabam caminhando pela ciclovia. Tanto o pedestre quanto o ciclista ficam sem visão em alguns pontos cegos por causa dos pilares.

A via exclusiva para bikes fica embaixo do Elevado Costa e Silva, o Minhocão, e tem 4,1 km de extensão. A nova ciclovia liga a Praça Roosevelt ao Terminal Rodoviário da Barra Funda, passando pelo Centro e os bairros de Santa Cecília, Vila Buarque e Barra Funda, conectando-se a ciclovias existentes na Rua Frederico Abranches, Largo do Arouche, Alameda Nothmann e Rua Doutor Albuquerque Lins.

Zona Leste

Neste fim de semana, um menino de 9 anos também morreu após ser atropelado por uma van na ciclovia da Avenida Bento Guelfi, na região de São Mateus, na Zona Leste de São Paulo. A ciclovia, que fica bem no meio da avenida, é perigosa. Ela é sinalizada, tem faixa de pedestres, e balizadores que separam a via da pista de carros, mas, segundo os moradores, muitos motoristas desrespeitam o espaço.

Fonte: G1

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