Linha 18-Bronze do Metrô segue no papel após um ano

Monotrilhode São Bernardo do Campo. Foto: New Practices São Paulo

As obras para melhoria da Mobilidade Urbana no ABCD prometidas pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ainda seguem sem previsão de sair do papel. O início da construção da Linha 18-Bronze do Metrô (Tamanduateí – Djalma Dutra), que ligará a região à capital, segue travado um ano após a assinatura da PPP (Parceria Público-Privada).

A Linha 18-Bronze, que ligará São Paulo ao ABCD, passando por São Caetano, Santo André e São Bernardo, completou um ano após a assinatura da PPP e ainda no papel. Em 22 de agosto de 2014, Alckmin firmou o contrato com o Consórcio Vem ABC, responsável pelas obras, que venceu a concorrência internacional pela parceria.

Na ocasião, Alckmin avaliou que a fase de desapropriações seria rápida, uma vez que o monotrilho teria o traçado feito por meio de vias elevadas. “(O início) é imediato. Agora é já iniciar a desapropriação, montar canteiros. Mas acho que a população vai sentir em 90 dias”, projetou.

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A Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado atribui a situação à espera pela liberação de recursos da União, via financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Mobilidade.

O Ministério das Cidades informou que não existe atraso nos pedidos de empréstimo e de recursos do Orçamento Geral da União para a Linha 18-Bronze e que essas demandas estão em análise nas áreas técnica e econômica.

A Linha 18-Bronze é prevista para partir da Estação Tamanduateí, na capital paulista, com conexão com a Linha 10-Turquesa da CPTM e a Linha 2-Verde do Metrô (Vila Prudente – Vila Madalena), passando por São Caetano, Santo André até a Estação Djalma Dutra, em São Bernardo do Campo. Uma vez pronta na totalidade, o ramal metroviário terá extensão de 15,4 quilômetros, com 13 estações e atenderá cerca 340 mil passageiros por dia, que devem custar R$ 4 bilhões.

Em entrevista ao jornal SPTV da TV Globo, Luís Vicente Figueiredo de Melo, professor de engenharia do Mackenzie, disse: “como o ABC não tem metrô e a população pode crescer na região, a Linha 18-Bronze deveria ser um metrô subterrâneo, e não monotrilho”.

“Não dá para substituir porque o metrô tem o dobro da capacidade de um monotrilho”, afirma. “O monotrilho tem de ser integrador para uma questão mais afastada. Você usa o metrô, passa para o monotrilho e você chega na sua casa, de uma forma com previsibilidade.”

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