Homem morre atropelado por ciclista na ciclovia embaixo do Minhocão

Pedestres reclamam da insegurança da ciclovia inaugurada há 10 dias.
Corpo de idoso de 78 anos será enterrado nesta quarta-feira (19).

Um homem de 78 anos morreu após ser atropelado por um ciclista na ciclovia sob o Minhocão, no Centro de São Paulo, na tarde desta segunda-feira (17). O acidente ocorreu no canteiro central da Rua Amaral Gurgel, por volta das 15h.

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Florisbaldo Carvalho da Rocha morava na região e ia comprar pão quando foi atingido após atravessar fora da faixa de pedestres. Ele chegou a ser internado na Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu de traumatismo craniano. O corpo da vítima está sendo velado e será enterrado nesta quarta-feira (19).

O caso foi registrado no 23º Distrito Policial e o cilcista deve responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

O filho da vítima, o administrador Eduardo Carvalho Rocha, diz que o ciclista estava em alta velocidade.

“Meu pai saiu pra comprar um pão, ele atravessou a avenida e quando ele entrou na parte de pedestre da ciclovia foi atropelado por uma bicicleta. Essa bicicleta vinha em alta velocidade, pegou ele e consequentemente por ser uma pessoa já idosa ele sofreu ferimentos, vindo a falecer”, afirmou.

A ciclovia da Rua Amaral Gurgel, no Centro de São Paulo, foi inaugurada há dez dias e desde antes da abertura pedestres reclamaram do conflito no uso do espaço, que antes funcionava principalmente como um espécie de canteiro central para quem atravessa os dois sentidos da rua.

O problema acontece quando os pedestres caminham embaixo do Minhocão, alguns deles, em direção aos pontos de ônibus. Nos pequenos espaços entre os pilares e a rua, eles acabam caminhando pela ciclovia. Tanto o pedestre quanto o ciclista ficam sem visão em alguns pontos cegos por causa dos pilares.

Neste fim de semana, um menino de 9 anos também morreu após ser atropelado por uma van na ciclovia da Avenida Bento Guelfi, na região de São Mateus, na Zona Leste de São Paulo. A ciclovia, que fica bem no meio da avenida, é perigosa. Ela é sinalizada, tem faixa de pedestres, e balizadores que separam a via da pista de carros, mas, segundo os moradores, muitos motoristas desrespeitam o espaço.

Ciclovia

A via exclusiva para bikes fica embaixo do Elevado Costa e Silva, o Minhocão, e tem 4,1 km de extensão.

O trecho inaugurado é composto pela Rua Amaral Gurgel e pelas avenidas São João, General Olímpio da Silveira e Auro de Moura Andrade. As obras começaram em janeiro e o custo foi de R$ 7,6 milhões, incluindo o redimensionamento das paradas de ônibus, revitalização do corredor e adequações de acessibilidade. Antes mesmo da inauguração, este novo trecho já era usado por ciclistas.

A nova ciclovia liga a Praça Roosevelt ao Terminal Rodoviário da Barra Funda, passando pelo Centro e os bairros de Santa Cecília, Vila Buarque e Barra Funda, conectando-se a ciclovias existentes na Rua Frederico Abranches, Largo do Arouche, Alameda Nothmann e Rua Doutor Albuquerque Lins.

Polêmica

Mesmo antes da inauguração, a nova ciclovia recebeu críticas, mas desta vez não foi de motoristas que perderam uma faixa de rolamento, mas dos pedestres que reclamam da falta de segurança para travessia sob o Minhocão.

Os pedestres ficam acuados no meio da pista e por conta do tempo de travessia, podem acabar atingidos pelos ciclistas, já que as pilastras do Minhocão alteram o traçado da ciclovia, deixando o pedestre sem opção.

Bicicletários

A ciclovia tem ligação entre dois bicicletários localizados na Praça Roosevelt e no Memorial da América Latina.

Além disso, conecta-se também com outros modais de transporte, como o Terminal de Ônibus Amaral Gurgel, que também possui bicicletário, o Metrô Marechal Deodoro e Terminal Barra Funda (ônibus e metrô).

Fonte: G1 São Paulo

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