Os próprios ciclistas reclamam da rapidez de circulação e dos pedestres que também utilizam as faixas
A morte de um pedestre nesta semana reabriu a discussão sobre a segurança nas ciclovias de São Paulo. A maior preocupação, tanto de pedestres, quanto de ciclistas é o excesso de velocidade.
As reclamações sobre o excesso de velocidade vieram inclusive dos próprios ciclistas. Há também quem observe a desatenção de pedestres, que param no meio do caminho ou atravessam sem olhar.
Somente em alguns locais a sinalização indica que pedestres e ciclistas podem compartilhar o mesmo espaço. Isto acontece na ciclovia de Sumaré e na que liga as estações de metrô Tatuapé e Corinthians-Itaquera, além das que ficam no centro histórico.
Mesmo com a sinalização de que é proibido pedestre na ciclovia, na Avenida Paulista, têm aparecido algumas pessoas correndo na pista.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) alega que não tem como abordar os pedestres, a não ser para alertar sobre as situações de risco, pois não existe regulamentação no Conselho Nacional de Trânsito, e, como a lei também não prevê infrações de ciclistas, a companhia diz que investe em ações de conscientização.
Um homem morreu após ser atropelado por um ciclista que passava em alta velocidade na ciclovia sob o Minhocão, em São Paulo, na segunda-feira.
Segundo a viúva da vítima, o homem tinha saído de casa pra comprar pão e morreu no meio do caminho.
Esta ciclovia foi alvo de críticas por problemas, como pontos cegos na passagem pelos pilares do elevado e a proximidade com as paradas de ônibus.
No dia da inauguração desta ciclovia, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou que poderia haver ajustes se houvesse necessidade.
Haddad também disse que a relação entre ciclistas e pedestres exige “uma certa atenção dos dois lados”.
Fonte: Band