Sindicato e trabalhadores da estação fizeram protesto na Estação Armênia do Metrô denunciando que agressões e violência têm sido frequentes a funcionários que cotidianamente são vitimas, situação agravada depois de um estupro e dois assaltos nas cabines de recargas do Bilhete Único.
Por conta de uma antiga reivindicação dos funcionários da estação por melhores condições de trabalho, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo incorporou este ato em meio a uma campanha contra a terceirização e a diversos tragédias que têm ocorrido dentro de todo o Metrô.
O único posto de recarga de Bilhete Único terceirizado desta estação está fechado, pois além de ter havido um assalto à mão armada contra duas funcionárias mulheres neste mês, ladrões cerraram parte da cabine com um maçarico, levando o cofre. Não foi feito boletins de ocorrência pelo Metrô e nem medidas de segurança aos funcionários e funcionárias.
O governo corta verbas e impede contratações mirando a terceirização em massa caso seja aprovado o PL4330 pelo Senado. O reflexo é uma enorme falta de funcionários que precariza o trabalho em diversas estações do Metrô de São Paulo. O sistema superlotado causa assédio e conflitos a usuários e principalmente a funcionários.
O protesto ocorreu nesta quarta (17/6) durante o pico das 18h impactando o fluxo que vinha dos ônibus do terminal intermunicipal de Guarulhos com o acesso sul da estação onde foram pregados cartazes e um piquete de cerca de trinta trabalhadores se formou diante da cabine fechada do Bilhete Único. A fila que se formava na bilheteria do Metrô sobrecarregada enxergava os metroviários explicando os problemas que enfrentamos e a situação calamitosa que a empresa deixa.
O sindicato compareceu com intervenções do presidente do sindicato Altino Prazeres, e outros de seus diretores afirmaram que “aumentou o valor do serviço mas sua qualidade põe em risco a vida dos trabalhadores e dos usuários”.
Membros da agrupação “Metroviários Pela Base” convocaram a manifestação e compareceram em peso.
Thiago Mathias, delegado sindical da Estação Armênia interviu pedindo que “sejam contratados trabalhadores para suprir o quadro de funcionários na operação das estações e segurança, e que a empresa faça o pagamento de 30% de periculosidade aos trabalhadores das estações, e restabelecimento dos postos de cobrança de forma adequada naquela estação que serve a maioria dos moradores de Guarulhos que trabalham na Capital”.
Felipe Guarnieri, membro da CIPA da Linha 1 e delegado sindical de Santa Cruz falou pela “estatização da recarga do Bilhete Único, para que este seja feito por metroviários, garantindo aos seus trabalhadores condições dignas de trabalho e que todos os terceirizados sejam efetivados sem necessidade de concurso público”.
Por outro lado, ficaram ausentes os membros da Central de Trabalhadores do Brasil (CTB), central sindical ligada ao PCdoB, que nas redes sociais mentiram sobre o ato, afirmando ser “um ato que sai em defesa de ambulantes”, e que o sindicato teria que escolher entre “ambulantes e metroviários” e não entre governo e trabalhadores.
Fonte: Jornal Esquerda Diário