A manhã da sexta-feira, dia 29 de maio, foi tumultuada na capital gaúcha, com ônibus e trens fora de circulação, como parte da mobilização nacional de centrais sindicais contra o ajuste fiscal, o projeto que regulamenta a terceirização e as Medidas Provisórias 664 e 665, aprovadas esta semana pelo Senado Federal, que mudam regras para o seguro-desemprego, auxílio-doença e aposentadorias.
Nas primeiras horas do dia, também houve queima de pneus por manifestantes, e algumas vias chegaram a ser bloqueadas.
Por volta das 9h da manhã, os ônibus voltaram a circular em Porto Alegre, após a Brigada Militar negociar a liberação das garagens com os manifestantes. Já os metroviários ficaram paralisados, o Trensurb – serviço de trem que liga a capital gaúcha a cidades da Região Metropolitana e do Vale do Sinos – não funcionou durante todo o dia.
As estações ficaram fechadas e não havia nenhum trem circulando. As empresas de ônibus da Região Metropolitana de Porto Alegre reforçaram a frota da capital gaúcha no final da tarde, devido à paralisação dos metroviários.
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexas descumpriu a ordem judicial que determinava funcionamento pleno nos horários de pico, que, no início do dia, ocorre das 5h30 às 8h30.
Liderados pelas centrais sindicais, trabalhadores de diversos setores fizeram protestos em diferentes pontos da cidade no que foi intitulado Dia Nacional da Paralisação. Um dos atos ocorreu nas proximidades do Palácio Piratini, sede do governo gaúcho.
Cidades da região metropolitana, como Canoas, e do interior do Estado do Rio Grande do Sul, como Caxias do Sul, também tiveram registros de protestos.