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quinta-feira, abril 18, 2024

Portas de segurança da estação Vila Matilde do Metrô completam 5 anos paradas

Passageiros reclamam do desperdício de dinheiro na Estação Vila Matilde.
Contrato com empresas foi rompido; edital previa outras 12 estações.

As portas automáticas na Estação Vila Matilde, da Linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo, completaram cinco anos sem que o sistema de proteção tenha sido, de fato, colocado em uso regular. O processo de implantação começou em 2010 com o objetivo de diminuir o número de acidentes e suicídios no Metrô.

As portas só deveriam se abrir no momento em que o trem fica emparelhado à estação. Mas, na estação Vila Matilde, elas ficam constantemente abertas. O Metrô informou ao site G1 que rompeu o contrato com a empresa responsável (que previa a instalação em outras 12 estações).

“Ficou comprovada, pela experiência em Vila Matilde, a falta de capacidade de uma das empresas contratadas em executá-lo”, afirma o Metrô em nota.

O valor total do contrato era de R$ 71.447.002,16 e, segundo o Metrô, foram pagos somente R$ 8,5 milhões, “correspondentes aos serviços efetivamente prestados.”

Por causa do atraso, a empresa chegou a ser multada em 10% do valor do contrato (R$ 7,1 milhões). Os problemas na contratação são alvos de investigação do Ministério Público (MP) desde 2013.

De acordo com o Metrô, o consórcio contratado para executar os serviços era formado pelas empresas Poscon (coreana) e Trends (brasileira). “Esta última apresentou problemas de ordem financeira, levando à paralisação temporária dos serviços no início de 2011. Atualmente são feitos testes destes equipamentos aos domingos”, afirma o Metrô.

Passageiros que passam diariamente pela estação afirmam que viram o sistema ativo em poucas situações. O usuário Mauro Silva, de 58 anos, embarca em Vila Matilde de segunda à sexta, e nunca viu as portas funcionarem.

Guilherme Veiga Rossi, de 18 anos, conta também que algumas vezes não conseguiu descer na estação. O trem não parou com as portas paralelas às portas da plataforma, e os usuários não conseguiram sair. Tiveram que esperar a próxima parada e voltar uma estação.

Instalação caótica

Durante o período de implantação das portas, os trens circulavam nos dois sentidos por uma única via entre as estações Penha e Guilhermina-Esperança das 22h do sábado até o final da operação de domingo. Durante esse tempo, os passageiros do Metrô precisavam trocar duas vezes de composição no trecho.

A usuária Marcela Marques de Lima mora próxima à estação e relembra a instalação como um período caótico. “E hoje em dia eu não vejo funcionar com frequência. É dinheiro jogado no lixo”, diz.

Vila Matilde foi a primeira de outras 12 estações da Linha Vermelha que deveriam receber as portas de segurança. Mas, depois dessa primeira etapa do projeto, o contrato foi rescindido.

O sistema de portas de segurança funciona hoje em toda a Linha 4-Amarela e nas estações Sacomã, Tamanduateí e Vila Prudente, as mais recentes da Linha 2-Verde.

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    Paulistano, empresário, aquariano e prestativo. É apaixonado pelos temas marketing digital, mobilidade urbana, recursos humanos e empreendedorismo. É o criador dos sites de mobilidade do Grupo PLN. Quer entrar em contato com o Eduardo? Conecte com ele no LinkedIn ou envie um e-mail para eduardo@mobilidadesampa.com.br.

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