Enquanto muitos moradores do entorno questionam o andamento dos trabalhos de prolongamento da Linha 15 – Prata do monotrilho ao longo da avenida Anhaia Mello, pois funcionários em atividade são raros; aumentam os problemas de degradação e descarte de lixo e entulho no canteiro central e também em terrenos desapropriados para construção das estações, entre os trechos mais críticos estão as imediações das futuras paradas São Lucas e Camilo Haddad.
Em janeiro deste ano, a Folha publicou matéria mostrando a precária situação que já se estendia por meses. Apesar de a Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô informar na época que as obras continuavam e que acionaria as empresas contratadas para limparem a área em até 30 dias, nada foi resolvido e a questão está cada vez pior.
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Um dos locais mais problemáticos é o terreno onde, segundo o Metrô, será construída uma das subestações de energia do monotrilho, na esquina da Anhaia Mello com a rua Carlos César. O local virou ponto de descarte de entulho. “Derrubaram o muro e agora largam tudo abandonado. Qualquer um pode entrar nesta área. Até caminhões encostam no terreno e despejam grande quantidade de entulho. Sem falar das pessoas que aproveitam a situação e também jogam lixo. Tenho que assistir tudo quieta, pois tenho medo até de ser agredida se for reclamar”, comentou a dona de casa Sonia Maria, que reside em frente ao terreno.
Quem também não aguenta mais é Elenaldo Correia, que reside ao lado do terreno. “Já fiz muitas reclamações, mas parece que o Metrô nunca leva a sério. Enquanto isso, os vizinhos são obrigados a conviverem com ratos, mosquitos e mau cheiro”, relatou. Os moradores temem ainda que tal situação ajude a piorar o surto de dengue que já atinge São Paulo.
Questionado mais uma vez, o Metrô informou há mais de 20 dias que já acionou as empresas contratadas para as obras nos locais citados para resolverem os problemas apontados. A reportagem voltou ao trecho ontem e constatou que a determinação do Metrô não foi atendida mais uma vez.
Vila Prudente
As denúncias de ritmo lento não se restringem ao trecho por onde o monotrilho não circula. Atingem também a ainda inacabada estação Vila Prudente, que juntamente com a estação Oratório, opera em horário restrito desde a abertura no final de agosto do ano passado. “Verdadeiro culto à incompetência e descaso com a população. Na época das eleições, a estação Vila Prudente chegou a ter trabalhos até altas horas, agora é a operação lesma”, reclama Miguel Affonso Gentile.
Fonte: Folha de Vila Prudente