Decisão de retorno do monotrilho é adiada em Poços de Caldas

A decisão sobre o retorno do monotrilho na cidade de Poços de Caldas, no Estado de Minas Gerais, foi adiada mais uma vez depois de uma reunião realizada no dia 17 de dezembro de 2014.

Após quase duas horas de audiência com o promotor Emmanuel Levenhagen Pelegrine, os representantes da prefeitura e da empresa J. F. Ferreira Ltda, concessionária responsável pelo meio de transporte, não entraram em um acordo e pediram um prazo para fazer a revisão de algumas cláusulas do Termo de Ajustamento de Conduta.

As considerações deverão ser entregues até o dia 28 de janeiro e uma nova audiência foi marcada para o dia 11 de fevereiro.

Há quase um mês, no dia 18 de novembro, foi realizada uma audiência pública a pedido do Ministério Público para discutir a situação do monotrilho e o objetivo foi fazer o Termo de Ajustamento de Conduta com obrigações tanto para a empresa quanto para a Prefeitura de Poços de Caldas.

Durante o encontro foram ouvidos representantes da concessionária, do poder público, do Ministério Público, engenheiros e também moradores da cidade.

Problema antigo

Aprovada em 1981, a construção do monotrilho previa 30 quilômetros, mas apenas 8 quilômetros foram entregues em 2000. Entre 2001 e 2003, o meio de transporte – e também atração turística – funcionou poucas vezes e foi marcado por uma pane técnica durante a viagem de inauguração.

Na ocasião, dezenas de pessoas precisaram ser retiradas pelo Corpo de Bombeiros. Após a queda de duas pilastras, o monotrilho parou de vez e há mais de 10 anos está inoperante.

Um impasse entre a construtora e a Prefeitura de Poços de Caldas impede que a edificação volte a funcionar. A concessionária culpa a administração pública pela queda dos pilares de sustentação e pede que seja feita uma análise da estrutura que ainda existe.

Em 2012, a prefeitura compôs uma comissão de engenheiros para elaborar um parecer técnico sobre as condições estruturais do monotrilho.

Depois das análises, a comissão salientou a necessidade de contratação de uma empresa especializada para avaliar a estabilidade, segurança e integridade da edificação, alegando que toda estrutura está há muitos anos sujeita ao desgaste natural e sem manutenção adequada.

A empresa J. F. Ferreira Ltda tem a concessão do monotrilho até 2041. Após este prazo – que é de 50 anos a partir da data que entrou em vigor – um novo acordo deverá ser feito com a prefeitura.

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