A Reforma Tributária, prevista para iniciar em 2026 e concluir em 2033, promete transformar o setor de transporte no Brasil. A mudança na tributação, que passará a ocorrer no local de consumo em vez do local de origem, exige novas estratégias logísticas. Lucas Ribeiro, tributarista e CEO da ROIT, destaca que essa alteração impactará diretamente a logística, deslocando industrialização e centros de distribuição para mais perto dos consumidores.
Reforma Tributária e o fim dos incentivos fiscais
A tributação eliminará gradualmente benefícios fiscais até 2033, extinguindo o “turismo tributário”. Ribeiro, que participou de debates sobre a reforma desde 2019, apresentou a Calculadora da Reforma Tributária para medir os impactos das mudanças. Ele alerta que transportadoras no Simples Nacional enfrentarão desafios, pois precisarão migrar para o Regime Regular, aumentando a complexidade operacional.
Reforma Tributária: desafios para transportadoras e folha de salários
Transportadoras que operam no Simples Nacional acumulam tributos em seus custos, mas só repassam créditos parciais. A reforma não prevê créditos tributários para despesas com folha de salários, o que pode aumentar a carga tributária para serviços prestados a consumidores finais e pequenas empresas.
Incorporação de tecnologia como solução emergencial
Para enfrentar os desafios da tributação, a incorporação de tecnologia na gestão de frotas torna-se essencial. Plataformas que oferecem controle automatizado e em tempo real, como as desenvolvidas pela Gestran, destacam-se. A empresa, após um rebranding, lançou o Open Fleet e o PneuFit, que ajudam a reduzir custos com pneus e combustível, principais insumos do setor.
Conclusão
A Reforma Tributária trará mudanças significativas para o setor de transporte e logística. A adaptação a essas mudanças, por meio de novas estratégias logísticas e incorporação de tecnologia, será crucial para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgirão.
