Aplicativos de transporte impulsionam a mobilidade, geram renda e já empregam mais de 1,7 milhão de brasileiros

Os aplicativos de transporte se consolidaram como uma das maiores transformações urbanas e econômicas do Brasil nas últimas décadas. Em São Paulo, o impacto desses serviços vai além da mobilidade: influencia hábitos, renda e até a forma como os cidadãos ocupam os espaços da cidade. Segundo pesquisa Datafolha de 2024, encomendada pela Uber, oito em cada dez paulistanos afirmam que os apps melhoraram sua qualidade de vida, tornando o deslocamento mais fácil, acessível e seguro.

Entre os entrevistados, 95% consideram que os aplicativos ajudam a evitar acidentes de trânsito relacionados ao consumo de álcool. E sete em cada dez dizem frequentar mais lugares na cidade por conta da praticidade dos serviços. Além disso, 96% dos paulistanos veem os apps como uma fonte de renda extra, e 76% afirmam conhecer alguém que já trabalhou utilizando as plataformas.

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  • Aplicativos de transporte redefinem a mobilidade e ampliam o acesso nas periferias

    Em São Paulo, o crescimento dos aplicativos de transporte superou até o uso de trens metropolitanos. De acordo com a “Pesquisa Origem e Destino do Metrô de São Paulo”, entre 2017 e 2023 o número de viagens diárias por aplicativos cresceu 137%. Alcançando 1,1 milhão de corridas por dia.

    O aumento da demanda foi especialmente expressivo entre as famílias de menor renda, com destaque para regiões periféricas como Cajamar, Caieiras e Franco da Rocha. Esse avanço mostra que os aplicativos estão preenchendo lacunas de conectividade urbana, onde o transporte público ainda não chega com eficiência.

    No entanto, o avanço não elimina os desafios da mobilidade. A cidade ainda enfrenta congestionamentos e sobrecarga no transporte coletivo. Para especialistas, a integração entre o transporte público de massa e os serviços sob demanda é essencial para equilibrar a oferta. E reduzir desigualdades no acesso à mobilidade.

    A Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) defende que políticas públicas de regulação e planejamento urbano precisam incluir os aplicativos de transporte no sistema integrado de deslocamento das cidades. Garantindo equilíbrio entre inovação e eficiência.

    Apps de transporte impulsionam a nova economia e geram milhões de oportunidades

    O impacto dos aplicativos de transporte também é evidente no mercado de trabalho. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), de 2024, mostram que 1,7 milhão de brasileiros têm nas plataformas digitais sua principal fonte de renda. O número supera a população de 19 capitais, incluindo Recife, Goiânia e Porto Alegre.

    Desse total, 878 mil pessoas atuam no transporte particular de passageiros (como Uber e 99), representando mais da metade dos profissionais “plataformizados” do país. Em seguida aparecem 485 mil entregadores, 294 mil prestadores de serviços e 228 mil taxistas.

    O faturamento médio de um motorista de aplicativo que trabalha entre 50 e 60 horas por semana varia de R$ 77 mil a R$ 103 mil por ano. Com lucro líquido entre R$ 28 mil e R$ 51 mil, segundo dados da GigU. O modelo atrai por oferecer flexibilidade e autonomia, permitindo que os profissionais escolham seus horários e otimizem ganhos conforme a demanda.

    Desafios e o futuro dos aplicativos de transporte no Brasil

    Apesar dos avanços, o crescimento acelerado das plataformas levanta debates sobre condições de trabalho, regulação e sustentabilidade social. O CEO e cofundador de uma fintech de mobilidade, Luiz Gustavo Neves, destaca que o desafio está em equilibrar a inovação tecnológica com a proteção social dos trabalhadores:

    “A economia digital cria novos empregos e redefine o conceito de trabalho. O desafio é conduzir essa revolução de forma estruturada, garantindo que os benefícios alcancem tanto trabalhadores quanto consumidores.”

    Com a expansão dos aplicativos de transporte, o Brasil enfrenta um novo paradigma na mobilidade urbana e na economia digital. As plataformas se tornaram parte essencial da rotina de milhões de brasileiros, conectando pessoas, reduzindo distâncias e oferecendo novas formas de geração de renda.

    Enquanto o poder público busca integrar os apps às políticas de mobilidade e proteção trabalhista, a tendência é que o modelo siga se consolidando como um dos pilares da mobilidade inteligente. Combinando tecnologia, conveniência e sustentabilidade para moldar o futuro das cidades.

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