Em apenas dois meses, o programa Smart Sampa identificou quase 9 mil motos circulando com placas clonadas ou adulteradas nas ruas de São Paulo. A Prefeitura divulgou os dados, que mostram a maior parte das irregularidades ligada a uma mesma numeração: BRA 49CC, registrada em diferentes locais ao mesmo tempo.
O sistema ganhou reforço com a instalação de câmeras em 100 motos da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e da Polícia Militar (PM), que permitem a leitura de placas de carros, caminhões e motocicletas em tempo real. As imagens captadas são enviadas a uma central de monitoramento, onde são cruzadas com o banco nacional de dados. Quando há registro de furto, roubo ou adulteração, o alerta chega diretamente ao celular do agente em patrulha.
Como funciona a fiscalização em motos da GCM e PM
Técnicos fixaram os equipamentos no farol das motocicletas e transformaram cada viatura em uma unidade móvel de fiscalização. Segundo o prefeito Ricardo Nunes (MDB), a tecnologia amplia o alcance das câmeras fixas já espalhadas pela cidade.
“São Paulo tem 7 milhões de carros e 1,3 milhão de motos em circulação por dia. Não há como fazer blitz em toda parte, por isso as câmeras móveis são essenciais”, destacou.
Expansão da tecnologia para outras cidades
O secretário municipal de Segurança Urbana, Orlando Morando, ressaltou que o número de veículos irregulares pode ser ainda maior, já que o levantamento atual contempla apenas motocicletas. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) também anunciou a intenção de expandir o uso das câmeras para outros municípios do estado.