As rodovias de São Paulo e do Rio de Janeiro apresentaram comportamentos distintos no mês de julho, período marcado pelas férias escolares. De acordo com o Monitor de Tráfego Rodoviário nas Rodovias, divulgado pela Veloe em parceria com a Fipe, o Rio de Janeiro teve retração de 0,4% no fluxo agregado, enquanto São Paulo registrou um crescimento de 1,1%.
No RJ, a queda foi impulsionada por um recuo de 1,4% no fluxo de veículos leves, ainda que os pesados tenham crescido 5,5%. Já SP teve aumento tanto no tráfego de veículos leves (+0,8%) quanto de pesados (+3,5%).
Tráfego rodoviário em alta no acumulado do ano
De janeiro a julho de 2025, o tráfego rodoviário no Rio cresceu 0,8% em relação ao mesmo período de 2024, puxado por veículos leves (+0,9%). Em São Paulo, o avanço foi mais expressivo, com 2,7%, resultado do aumento de 2,6% nos leves e 3,3% nos pesados.
No acumulado de 12 meses, o fluxo total subiu 0,8% no RJ e 2,4% em SP. A maior diferença aparece na comparação interanual (julho 2024 x julho 2025): enquanto o Rio recuou 1,2%, São Paulo cresceu 4,0%.
Perfil da frota influencia o tráfego
Segundo dados da Senatran, São Paulo tem a maior frota do país, com 34,8 milhões de veículos, o equivalente a 27,6% do total nacional. O Rio possui 8,1 milhões, ou 6,4% da frota. Em ambos os estados, os automóveis lideram a composição, seguidos por motocicletas e caminhonetes.
O perfil energético também varia: no RJ, gasolina ainda é maioria (34,5%), seguida por bicombustíveis (33,7%) e GNV (20,4%). Já em SP, veículos bicombustíveis dominam (42,4%), seguidos por modelos a gasolina (41,9%).
Idade média da frota e impacto no tráfego rodoviário
A idade média da frota também impacta o desempenho nas estradas. No RJ, os veículos têm em média 17,6 anos; em SP, 18 anos. Menos de 16% da frota em ambos os estados foi fabricada nos últimos cinco anos, o que revela desafios adicionais para renovação e eficiência.
O levantamento da Veloe, com apoio da Fipe, reforça a importância de acompanhar o comportamento do tráfego rodoviário em tempo real para entender as dinâmicas da mobilidade no Brasil.