Sérgio Campolongo, irmão do servidor público preso por ataques a ônibus na Grande São Paulo, se entregou à polícia nesta quarta-feira (23). A Justiça já havia decretado sua prisão por suspeita de envolvimento em dois atos de depredação.
Ele se apresentou voluntariamente, com advogados, no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Bernardo do Campo. A Secretaria da Segurança Pública confirmou que a prisão foi executada após cumprimento do mandado.
Acusados são irmãos e alvo de investigação por ataques a ônibus
O irmão de Sérgio, Edson Aparecido Campolongo, de 68 anos, já estava preso, acusado de pelo menos 17 ataques a ônibus. Servidor da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Edson usava o carro da empresa nos crimes e alegava querer “salvar o Brasil”.
A polícia encontrou pedras, estilingues e materiais usados nas ações em sua casa. Durante depoimento, Edson confessou a participação e afirmou ter atuado por motivação política.
Polícia investiga mais envolvidos nos ataques
As investigações começaram após imagens de segurança mostrarem um carro com logomarca da CDHU nas cenas dos ataques. A polícia identificou o veículo como alugado para a empresa estadual e conduzido por Edson, que trabalha como motorista do chefe de gabinete.
Há suspeita de que ele tenha recrutado outras pessoas para ampliar os ataques. A polícia também apura se há ligação com disputas sindicais entre empresas de transporte coletivo.