Transferir a lógica da mobilidade urbana para um modelo mais limpo exige investimentos sólidos e visão estratégica. Durante o evento “Economias Prósperas: Financiando o Transporte Sustentável rumo à COP30”, realizado em Brasília na terça-feira (3), especialistas e autoridades discutiram caminhos financeiros e estruturais. O objetivo foi impulsionar o transporte sustentável no Brasil.
Soluções financeiras para transporte sustentável entram na pauta
A iniciativa, organizada pela União Internacional de Ferrovias (UIC), contou com a presença da ANPTrilhos, UITP, ANTF e CNT, além de nomes como Ana Patrizia Lira, Joubert Flores, Eric Farcette e Valter Souza. O debate abordou os desafios de financiar projetos sustentáveis. Foram destacados instrumentos do Acordo de Paris, como o mercado de carbono e os mecanismos do Artigo 6.4.
Transporte sustentável depende de integração entre setores
Ana Patrizia Lira, da ANPTrilhos, destacou o papel dos trilhos na redução das emissões e defendeu o uso de créditos de carbono para viabilizar grandes projetos. Valter Souza, da CNT, reforçou a necessidade de transição energética no setor e integração entre modais como forma de reduzir custos e emissões.
Transporte coletivo como saída ecológica
O deputado federal Jilmar Tatto argumentou que a mobilidade urbana só avança com prioridade ao transporte coletivo, especialmente o ferroviário. Segundo ele, é preciso romper com a lógica do carro como protagonista urbano. No encerramento, Joubert Flores defendeu mudanças estruturais imediatas e planejamento para garantir um transporte público eficiente, acessível e sustentável.