Temporada de chuvas: motorista deve redobrar atenção nos cuidados com os pneus

Em 2023, das 1.161 ocorrências de desastres naturais no país, 716 estiveram associadas ao grande volume de chuvas, conforme levantamento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais. Este cenário deve se repetir neste ano em razão do fenômeno El Niño, demandando atenção redobrada dos motoristas sobre a conservação adequada dos pneus – uma vez que desgastados aumentam o risco de aquaplanagem durante tempestades.

Os pneus possuem um prazo de validade de cinco anos, e as informações como a semana e o ano de fabricação podem ser encontradas em sua lateral. Além da validade e condições aparentes, é crucial que os motoristas garantam que todos os produtos adquiridos, sejam novos ou recauchutados, possuam obrigatoriamente o Selo de Conformidade do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e do Organismo de Certificação do Produto (OCP).

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Estes selos atestam a aprovação em ensaios laboratoriais abrangentes, incluindo marcação, dimensões, desempenho em testes de velocidade sob carga, entre outros, assegurando o cumprimento de todos os requisitos de segurança e desempenho.

A calibragem deve ser adequada às recomendações do manual do usuário do veículo. Avaliar o balanceamento dos pneus também é recomendado, pois assegura a distribuição uniforme do peso entre todos. “Isso evita desgastes prematuros e prolonga sua vida útil”, pontuou o vice-presidente de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac), Leonardo Tozzi Pinheiro.

“Mesmo quando o veículo não está em uso frequente e não tenham desgaste visível, é crucial respeitar a validade, pois a borracha pode ressecar, aumentando o risco de estouro do pneu. É importante também observar se há bolhas ou outros tipos de anormalidades, pois indica a hora de substituição”, explicou o vice-presidente da Abrac. Essa mesma atenção deve ser dedicada ao pneu reserva”, concluiu.

La Niña

Após o El Niño, a partir do segundo semestre de 2024, o Brasil será afetado pelo fenômeno La Niña, que causará resfriamento das águas do Oceano Pacífico, podendo resultar em mais chuvas intensas, acompanhadas de granizo, vendavais, geadas e até casos de neve.