O Estado de São Paulo mantém média de 11 roubos ou furtos de cargas por dia, segundo o Boletim Tracker-Fecap.
Entre janeiro e agosto deste ano, 2.726 ocorrências foram registradas, sendo 87% roubos, 11% furtos e 2% receptação.
Apesar da queda de 44% nas ocorrências desde 2022, São Paulo continua liderando o ranking nacional desse tipo de crime.
Os meses de novembro e dezembro concentram o maior número de casos. Período em que o transporte de mercadorias cresce com as vendas de fim de ano.
A circulação intensificada de caminhões nas estradas aumenta o risco de ataques, segundo o gerente de monitoramento do Grupo Tracker, Vítor Corrêa.
Ele ressalta que a prevenção deve incluir tecnologia, monitoramento inteligente e respostas rápidas a situações suspeitas.
O levantamento aponta que mais de 45% das ocorrências se concentram na capital, seguidas por Guarulhos, Osasco, São Bernardo do Campo, Praia Grande e Campinas – polos logísticos com alto fluxo rodoviário.
As cargas de alimentos representam 31,58% das mercadorias mais visadas, seguidas por cigarros (7,74%), bebidas (5,36%) e cargas mistas (9,35%), que oferecem maior rentabilidade aos criminosos.
Produtos de maior valor agregado, como eletroeletrônicos, autopeças e medicamentos, aparecem com índices menores, mas geram prejuízos expressivos.
Quase 38% das ocorrências envolvem mercadorias avaliadas em até R$ 20 mil, embora existam casos com valores entre R$ 200 mil e R$ 800 mil.
O estudo reforça a necessidade de estratégias de segurança mais robustas para proteger o transporte rodoviário de cargas em São Paulo.
