Passageiros impulsionam retomada do setor aéreo e exigem viagens mais rápidas, digitais e sustentáveis

Os passageiros estão transformando o cenário da aviação mundial. Mais digitais, exigentes e conscientes, eles impulsionam um novo ciclo de crescimento e inovação no transporte aéreo. Relatórios recentes da SITA, ANAC e IATA mostram que, enquanto a demanda global e doméstica bate recordes, os viajantes cobram jornadas mais rápidas, sustentáveis e tecnológicas – um reflexo direto do comportamento digital que já guia outras áreas da vida moderna.

O relatório Travelers’ Voice 2025, da SITA, ouviu mais de 7.500 passageiros da América Latina e do Caribe (LAC) e revelou que dois em cada três querem redução do tempo de espera nos aeroportos e atualizações em tempo real via aplicativos. A pesquisa mostra que 87% dos entrevistados desejam reservar viagens intermodais, combinando avião, trem e rodovia, enquanto 95% afirmam preferir identidades digitais e documentos integrados ao smartphone.

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  • Passageiros da América Latina pedem tecnologia e sustentabilidade na experiência de viagem

    A pesquisa da SITA mostra que os passageiros latino-americanos estão prontos para uma transformação digital completa da aviação. Mesmo assim, a realidade ainda é analógica: três em cada quatro viajantes da região têm sua identidade verificada manualmente por agentes, e 80% embarcam apenas após checagem física dos documentos.

    Para David Lavorel, CEO da SITA, o desafio está em eliminar barreiras e acompanhar o ritmo dos passageiros:

    “Eles já mudaram. Tornaram-se digitais. Agora é a vez do setor acompanhar.”

    A sustentabilidade também se destaca entre as prioridades: 67% dos viajantes latino-americanos afirmam que levariam menos bagagem para reduzir as emissões dos voos – acima da média global de 55%. Além disso, 83% dos passageiros pagariam por serviços de bagagem aprimorados, buscando mais segurança e eficiência.

    Segundo Shawn Gregor, presidente da SITA para as Américas, a região já avança em direção à modernização:

    “Os passageiros querem viagens mais rápidas, sustentáveis e conectadas. As ferramentas estão disponíveis – biometria, identidades digitais e dados em tempo real -, mas o setor precisa agir com urgência.”

    Passageiros impulsionam recordes históricos no Brasil e no mundo

    O impacto da retomada também é visível nos números. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a aviação doméstica brasileira transportou 8,5 milhões de passageiros em setembro de 2025, o melhor resultado para o mês desde o início da série histórica em 2000.

    Os aeroportos de Guarulhos (SP), Congonhas (SP) e Brasília (DF) lideraram o movimento, com 2,5 milhões, 1,9 milhão e 1,3 milhão de passageiros, respectivamente. No acumulado do ano, o país já soma 74,2 milhões de viajantes em voos nacionais, um crescimento de 8% em relação a 2024.

    As viagens internacionais também bateram recordes: foram 2,3 milhões de passageiros em setembro, alta de 9,5% sobre o ano anterior. De janeiro a setembro, o Brasil recebeu 7,09 milhões de turistas estrangeiros, superando a meta prevista para 2025 e movimentando R$ 32,5 bilhões na economia nacional – o maior valor já registrado para o período.

    Com o cenário positivo, as companhias aéreas anunciaram 111 mil voos adicionais para a temporada de verão, fortalecendo o turismo interno e a conectividade entre regiões.

    Crescimento global do tráfego aéreo de viajantes confirma retomada sólida

    No cenário internacional, o relatório de setembro da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) confirma o ritmo de crescimento. A demanda global por transporte aéreo de passageiros cresceu 3,6% em comparação com 2024, com taxa média de ocupação de 83,4%.

    A demanda internacional foi o principal motor da alta, com crescimento de 5,1%, enquanto a demanda doméstica subiu 0,9%. A América Latina registrou aumento de 5,3%, impulsionada pela recuperação das viagens na região.

    Entre os destaques regionais, a Ásia-Pacífico apresentou o maior crescimento (7,4%), seguida pelo Oriente Médio (6,3%) e América Latina (5,3%). O Brasil, em especial, manteve expansão de dois dígitos nas viagens domésticas, liderando o desempenho entre os grandes mercados.

    Segundo Willie Walsh, diretor-geral da IATA, a tendência é de crescimento contínuo:

    “Com programações de voos indicando expansão de 3% em novembro, as companhias aéreas devem manter o ritmo durante as festas de fim de ano, apesar dos desafios nas cadeias de suprimentos.”

    O futuro das viagens centrado nos passageiros

    As pesquisas da SITA, ANAC e IATA convergem em um ponto: os passageiros estão moldando o futuro da aviação. Eles exigem tecnologia, eficiência e sustentabilidade, e já demonstram disposição para pagar mais por serviços que tragam segurança e conforto.

    A transição para o digital – com biometria, identidades móveis e integração multimodal – representa o próximo salto do setor aéreo. O desafio, agora, é acompanhar o ritmo dos viajantes e garantir que a jornada aérea seja tão moderna quanto o perfil de quem voa.

    Os passageiros já são digitais, conscientes e exigentes. Cabe às companhias aéreas, aeroportos e autoridades transformar essa realidade em uma experiência de viagem cada vez mais fluida, conectada e sustentável.

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