O Brasil bateu um recorde histórico de trabalhadores por aplicativos. Segundo o IBGE, mais de 1,5 milhão de pessoas atuam como motoristas ou entregadores, evidenciando a transformação do mercado de trabalho com a digitalização e a economia de plataformas.
Atuar em aplicativos como Uber, iFood e Rappi oferece flexibilidade, autonomia e a chance de organizar os próprios horários. Muitos trabalhadores conciliam múltiplas fontes de renda e desenvolvem estratégias próprias para atendimento, logística e relacionamento com clientes. Essa dinâmica também abre espaço para o empreendedorismo, estimulando novos modelos no setor de serviços.
Renda e desafios dos trabalhadores por aplicativos
De acordo com dados do GigU, a renda desses profissionais varia conforme a cidade e a carga horária. Motoristas faturam, em média, de R$ 77 mil a R$ 103 mil por ano, trabalhando entre 50 e 60 horas semanais. Contudo, despesas com combustível, manutenção, seguro e impostos reduzem o lucro líquido para valores entre R$ 28 mil e R$ 51 mil anuais.
Apesar das exigências da jornada, a autonomia e a rentabilidade continuam sendo grandes atrativos para os trabalhadores que enxergam nessa modalidade uma alternativa viável de inclusão e mobilidade financeira.
Impacto econômico e cultural dos aplicativos
A expansão desse modelo vai além da renda. Os aplicativos mudaram a percepção sobre ocupação e produtividade no Brasil, impulsionando competências digitais e gerenciais, sobretudo entre jovens e profissionais em busca de novas oportunidades.
O crescimento também impacta setores complementares, como mobilidade urbana, alimentação e tecnologia, gerando efeitos positivos em toda a cadeia econômica. Esse avanço revela um país em transformação: mais conectado, flexível e adaptável, onde a tecnologia se consolida como parte essencial do mercado de trabalho.