O Governo de São Paulo lançou o Infosiga 3.0, nova versão da plataforma de estatísticas viárias do Detran-SP. O anúncio ocorreu durante a Semana Nacional do Trânsito e reforça a estratégia estadual de enfrentar a violência viária com base em dados e evidências.
Infosiga 3.0 amplia análises e transparência
Em 2024, São Paulo registrou 135.545 sinistros de trânsito, que custaram mais de R$ 12 bilhões aos cofres públicos, além das perdas humanas. O Infosiga 3.0 chega para apoiar gestores municipais, pesquisadores, imprensa e sociedade com informações mais detalhadas, transparência e recursos inéditos.
A diretora de Segurança Viária do Detran-SP, Roberta Mantovani, destacou que a ferramenta transforma dados em políticas que salvam vidas. Já Mariana Novaski, da Iniciativa Bloomberg para a Segurança Viária, destacou que o novo sistema posiciona São Paulo na vanguarda internacional ao adotar decisões com base em evidências.
Infosiga 3.0: Painel Municipal e ranking de vias com mais sinistros
Uma das grandes novidades do Infosiga 3.0 é o Painel Municipal, que reúne dados das 645 cidades paulistas. Pela primeira vez será possível acessar um ranking das dez vias com mais sinistros em cada município, além do custo estimado das ocorrências nos últimos 12 meses.
O painel também oferece mapa de calor com pontos de risco, dados de frota e população e resumos gerados por inteligência artificial, permitindo que gestores criem boletins personalizados para subsidiar políticas públicas.
Custos estimados e impacto dos acidentes
Outra seção inovadora detalha os custos estimados dos sinistros, segmentados por tipo de via (municipal ou rodovia) e gravidade (fatal ou não fatal). O levantamento mostra que, embora os acidentes rodoviários tenham custo individual maior, é nas áreas urbanas que se concentra o maior impacto financeiro: R$ 7,7 bilhões em 2024.
Perfil de condutores e veículos envolvidos
O Infosiga 3.0 também inaugura a aba Condutores e Veículos, que cruza dados de sinistros com as bases do Detran-SP. O sistema mostra o perfil dos motoristas reincidentes, condutores suspensos e motociclistas com histórico de infrações como excesso de velocidade e uso de celular. Também é possível verificar a idade média dos veículos envolvidos nos acidentes, com filtros por região.
Plataforma ficou mais acessível e integrada
Além dos novos conteúdos, a plataforma recebeu melhorias de navegação, tradução para inglês e espanhol, versão em Libras e possibilidade de gerar relatórios em PDF. A base de dados segue reunindo registros de mortes desde 2015 e, desde 2019, também inclui sinistros não fatais.
O projeto é resultado da parceria entre Detran-SP, Iniciativa Bloomberg para a Segurança Viária, Prodesp e a consultoria Tech Solutions.