O caso envolvendo Samuel Sant’anna, conhecido como Gato Preto, continua repercutindo e causando revolta. No dia 20 de agosto, ele saiu de uma balada dirigindo um carro de luxo, passou no sinal vermelho na Avenida Brigadeiro Faria Lima e colidiu com outro veículo. Felizmente, a vítima sobreviveu, mas o episódio poderia ter acabado em tragédia.
A parte que mais indigna é a forma como a imprensa insiste em chamá-lo de “influenciador”. Sinceramente, alguém que dirige embriagado, usa drogas e coloca vidas em risco pode influenciar quem? Para muitos, ele deveria ser mencionado apenas pelo nome, sem nenhum título que suavize seus atos.
Laudo confirma drogas e álcool no organismo de Gato Preto
Nesta sexta-feira, veio a público o laudo toxicológico do Instituto Médico Legal (IML), obtido pela TV Globo. O exame mostrou que Samuel havia consumido álcool, maconha e MDMA (ecstasy) antes de provocar o acidente.
Com isso, a Polícia Civil deve indiciá-lo por lesão corporal na direção de veículo automotor qualificada pela embriaguez, omissão de socorro, fuga do local, direção em velocidade incompatível com a segurança e adulteração do local do crime.
Samuel segue investigado pela Polícia Civil
Segundo a reportagem, o 14° Distrito Policial de Pinheiros conduz a investigação do caso. A defesa do acusado afirma que o processo ainda está em fase investigativa, que não houve denúncia formal e que o laudo é apenas um dos elementos de apuração.
Mesmo assim, para a sociedade, já é claro que houve irresponsabilidade e negligência. O episódio intensifica a discussão sobre a forma como a mídia retrata certos personagens públicos e os limites do uso do rótulo “influenciador”.