Cobertura 4G nas estradas brasileiras: desafios e impactos estratégicos

A conectividade 4G nas estradas brasileiras avança, mas ainda enfrenta desafios significativos, especialmente em regiões mais afastadas. O Brasil possui cerca de 388,9 mil quilômetros de estradas federais e estaduais, porém apenas 214,8 mil quilômetros contam com cobertura 4G, o que representa 55% da malha rodoviária nacional. Isso indica que quase metade das estradas brasileiras permanece em áreas sem acesso estável à internet móvel, impactando diretamente setores estratégicos como transporte, logística e seguros.

Cobertura 4G nas estradas brasileiras: panorama nacional e diferenças entre rodovias

Ao analisar separadamente, as rodovias federais apresentam cobertura inferior, com 54% dos seus 122,2 mil quilômetros atendidos pelo 4G. Já as rodovias estaduais, que somam 266,7 mil quilômetros, alcançam 55,8% de cobertura. Essa diferença revela que as estradas brasileiras ainda possuem grandes áreas de sombra digital, dificultando a conectividade em trechos importantes para o transporte e a logística.

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  • O Mapa Interativo de Cobertura 4G nas Rodovias Brasileiras, lançado pela Links Field, oferece dados detalhados sobre a cobertura nas estradas brasileiras. Essa ferramenta inédita permite que empresas planejem suas operações diante do desligamento gradual das redes 2G e 3G, previsto pela Anatel até 2028. O mapa apresenta ranking por operadora e estado, identifica trechos com cobertura plena, fraca ou inexistente, e facilita o planejamento de rotas mais seguras e conectadas.

    Desafios regionais na cobertura 4G das estradas brasileiras

    A análise regional das estradas brasileiras revela contrastes expressivos. O Sudeste lidera a cobertura, com São Paulo atingindo 87,8% nas rodovias estaduais e 64,9% nas federais, e o Rio de Janeiro chegando a quase 80% nas rodovias federais. Minas Gerais apresenta índices menores, com 70,5% nas federais e 61,8% nas estaduais.

    No Sul, o Paraná destaca-se positivamente, com 79,7% de cobertura nas rodovias federais e 67,2% nas estaduais. Santa Catarina, por outro lado, registra os índices mais baixos da região, com apenas 49,3% de cobertura nas rodovias federais.

    O Centro-Oeste enfrenta desafios, com Goiás apresentando 51,1% de cobertura nas rodovias federais, enquanto Mato Grosso e Mato Grosso do Sul puxam a média para baixo, com taxas entre 22% e 40% nas rodovias federais e estaduais.

    No Nordeste, a Paraíba e o Rio Grande do Norte alcançam mais de 72% de cobertura nas rodovias federais, mas Maranhão e Piauí apresentam níveis críticos, com apenas 36% e 38,2% nas rodovias estaduais, respectivamente.

    A região Norte enfrenta o maior desafio, com Tocantins como exceção, atingindo 67% de cobertura nas rodovias federais. Estados como Acre e Amapá não ultrapassam 10% de cobertura nas rodovias federais e 21% nas estaduais, mostrando uma grande lacuna na conectividade das estradas brasileiras nessa região.

    Impactos da cobertura 4G nas estradas brasileiras para transporte, logística e seguros

    A falta de cobertura 4G nas estradas brasileiras afeta diretamente setores estratégicos. Empresas de transporte e logística dependem da conectividade para rastrear veículos, monitorar cargas e utilizar sistemas de telemetria. A ausência de sinal estável aumenta os riscos de roubo, extravio e atrasos, elevando os custos operacionais.

    No setor de seguros, a baixa conectividade dificulta o monitoramento em tempo real, prejudicando a precificação justa das apólices. Regiões com cobertura limitada apresentam riscos maiores, o que resulta em custos adicionais para os segurados. Em contrapartida, áreas com boa cobertura abrem espaço para modelos inovadores, como seguros baseados no uso real.

    O papel do mapa interativo na melhoria da conectividade das rodovias brasileiras

    O Mapa Interativo de Cobertura 4G nas Rodovias Brasileiras, desenvolvido pela Links Field, utiliza dados oficiais da Anatel e do DNIT, atualizados continuamente para garantir confiabilidade. A ferramenta apoia empresas na migração de dispositivos das redes 2G e 3G para tecnologias 4G. Isso facilita o planejamento estratégico em um cenário de transição tecnológica.

    Segundo Marcos Betiolo Romero, CTO da Links Field Brasil, o desligamento das redes legadas exige planejamento estrutural. O mapa oferece clareza e agilidade na tomada de decisão, especialmente para operações logísticas em áreas remotas.

    Além disso, o mapa permite comparar a cobertura por operadora, mostrando que o mercado permanece equilibrado. A Links Field (rede Vivo), TIM e Claro disputam a cobertura nas estradas brasileiras, sem que nenhuma operadora domine isoladamente o território.

    Conclusão: a importância da expansão da cobertura 4G nas estradas

    Apesar dos avanços, as estradas brasileiras ainda convivem com uma realidade fragmentada em conectividade. Enquanto Sudeste e Sul apresentam padrões mais satisfatórios, Norte e Nordeste enfrentam enormes lacunas. A expansão da infraestrutura de conectividade nas estradas brasileiras torna-se essencial para reduzir riscos e aumentar a eficiência operacional. Essa melhoria também fortalece setores vitais como transporte, logística e seguros.

    A transformação das áreas críticas em corredores digitais confiáveis contribuirá para um futuro mais seguro e eficiente nas estradas brasileiras, beneficiando toda a cadeia produtiva e a economia nacional.

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