O sistema de corredores do BRT em Campinas enfrenta um grave problema: a evasão de tarifa. Segundo a Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas (Transurc), cerca de 3,1 mil passageiros por dia pulam ou passam por baixo das catracas, gerando um prejuízo mensal de aproximadamente R$ 500 mil.
Atualmente, a passagem custa R$ 5,70. Esse valor, quando não recebe pagamento, pode se transformar em melhorias na frota, compra de novos ônibus, manutenção e investimentos em tecnologia.
Estações com mais evasões no BRT
Entre as estações com maior número de registros, a Parque Industrial (BRT Ouro Verde) lidera com 301 infrações. Em seguida aparece a PUC/Roseira (BRT Campo Grande), com 292 ocorrências. Outras como Bandeirantes, Satélite Íris e João Jorge também aparecem entre as mais críticas.
Ações para coibir a prática
Para enfrentar a evasão, a Prefeitura de Campinas, em parceria com a Emdec, Setransp e Transurc, iniciou a instalação de catracas eletromecânicas desde maio de 2025. O investimento foi de R$ 1,6 milhão e já contemplou quatro estações: Aurélia, Parque Industrial, João Jorge e PUC/Roseira.
A meta é instalar o novo modelo em todas as estações em até oito meses. Além disso, o sistema de segurança do BRT Campinas passou a contar com rondas patrimoniais e viaturas dedicadas em cada corredor. O monitoramento também será feito 24 horas por câmeras.
Apesar da medida, alguns usuários relatam dificuldade para passar pelas novas catracas, especialmente idosos ou pessoas com sacolas.
