A Justiça determinou a suspensão das pinturas em prédios e ônibus de Guarulhos que utilizavam as cores azul e amarelo, as mesmas do PL, partido do prefeito Lucas Sanches. Segundo o SP2, a decisão entende que a padronização pode ferir princípios da impessoalidade e moralidade previstos no artigo 37 da Constituição e na Lei de Improbidade Administrativa.
Em abril, a Prefeitura iniciou a padronização da frota de ônibus e de diversos espaços públicos. A ação incluiu o prédio da administração municipal, escolas, praças, lixeiras, o Teatro Adamastor e até o Ginásio Bom Clima. Em alguns locais, como em uma escola, até o brasão do município foi alterado para se adequar às novas cores.
O ex-prefeito Elói Pietá entrou com a ação ao argumentar que as cores adotadas não correspondem às da bandeira da cidade, mas sim às utilizadas na campanha eleitoral do atual prefeito. A Justiça determinou a interrupção imediata da padronização. Também exigiu o retorno dos prédios às cores originais e proibiu o repasse dos custos da pintura às empresas de transporte.
Segundo a denúncia, o prejuízo com a repintura da frota e dos terminais pode atingir R$ 3 milhões. A equipe ainda realizará o cálculo para a repintura de prédios e equipamentos públicos. Em nota, a Prefeitura de Guarulhos afirmou que ainda não recebeu notificação oficial. A administração defendeu que as cores da frota seguem o brasão oficial da cidade.