Mais de 850 ônibus foram atacados na Grande SP desde junho

Os ataques a ônibus na cidade de São Paulo e na Região Metropolitana seguem preocupando passageiros e autoridades. Segundo levantamento da SPTrans e da Artesp, mais de 850 coletivos foram vandalizados desde 12 de junho. As informações foram apuradas pela TV Globo.

Entre domingo (28) e a manhã desta segunda-feira (29), dois novos casos ocorreram. Um deles aconteceu na Rua do Manifesto, no Ipiranga, onde uma pedra atingiu um ônibus articulado com cerca de 90 passageiros. O impacto quebrou o vidro lateral e por pouco não feriu quem estava sentado no local. Em outro caso, um ataque semelhante ocorreu na região do Tucuruvi, na Zona Norte.

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  • Prisões e investigações em andamento

    Até o momento, as autoridades prenderam 20 pessoas por envolvimento com os ataques. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, 8 permanecem detidas. A polícia afirma que, apesar do alto número de ocorrências, não há indícios de organização criminosa por trás dos atos – a maioria dos casos tem motivação banal ou desconhecida.

    Entre os presos, destaca-se o servidor público Edson Aparecido Campo Longo, da CDHU, e seu irmão Sérgio. Segundo a polícia, eles teriam participado de 17 atos de vandalismo no mesmo dia. Imagens de câmeras e o carro da CDHU, que Edson dirigia, serviram como prova. A Justiça decretou a prisão preventiva de ambos, e a CDHU já demitiu Edson.

    Casos de violência e reforço na segurança dos ônibus

    Além dos irmãos Campo Longo, outras pessoas continuam presas por agredir ônibus. Um deles arremessou um pedaço de concreto em um coletivo na Avenida Comendador Sant’Anna. Outro jogou uma pedra no rosto de uma passageira na Avenida Washington Luís, causando fraturas e deixando cicatriz permanente.

    Mesmo com a prisão de suspeitos, os ataques continuam. No fim de semana, as equipes detiveram em flagrante dois novos suspeitos – um no Brás e outro na Avenida Rio Branco, no Centro da capital.

    Como resposta, a Prefeitura colocou 200 agentes da Guarda Civil Metropolitana para atuar dentro dos ônibus, mas a medida cobre apenas uma pequena parte da frota de mais de 13 mil veículos municipais.

    Situação atual dos ataques a ônibus

    Depois de quase 50 dias desde o início da onda de vandalismo, a polícia afirma que os casos estão diminuindo e voltando à média dos meses anteriores. Ainda assim, a investigação segue ativa. Um delegado afirmou que o padrão dos ataques é difícil de identificar, pois há pouca recorrência de horários ou locais. O que se repete é a forma: pedras, estilingues e esferas metálicas.

    Nesta segunda-feira (28), mais um ataque ocorreu no Lauzane Paulista, na Zona Norte. A Polícia Militar prendeu um homem após ele depredar um coletivo.

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