Ontem, 15 de julho, a capital paulista registrou 36 ataques a ônibus, segundo a SPTrans. Em um desses casos, uma criança de 10 anos sofreu ferimentos por estilhaços de vidro depois que uma bolinha de gude atingiu o coletivo no Morumbi, na Zona Sul. Dentro do veículo, a equipe encontrou a esfera usada no ataque.
Desde o dia 12 de junho, 466 ônibus foram depredados apenas na cidade de São Paulo. No transporte intermunicipal, o número já chega a 263 casos de vandalismo, refletindo uma escalada preocupante na violência contra o transporte público.
A Secretaria da Segurança Pública informou que sete pessoas já estão presas por envolvimento nesses ataques, enquanto as investigações seguem para esclarecer a motivação.
Ataques a ônibus: linha de investigação aponta disputa sindical
O repórter Lucas Jozino, da TV Globo, conversou com investigadores do DEIC que acompanham o caso. Eles revelaram que, nos últimos dias, a principal hipótese envolve uma disputa interna no Sindicato dos Motoristas.
De acordo com os investigadores, pessoas ligadas ao grupo que tenta assumir o controle do sindicato estariam por trás dos ataques desde o início de junho. A intenção seria prejudicar empresas responsáveis pela manutenção dos ônibus, já que veículos atingidos precisam retornar rapidamente às garagens, gerando mais custos.
Além disso, a investigação aponta que o vandalismo pode ter estimulado outros indivíduos sem ligação com o sindicato a praticar atos semelhantes. O que antes ocorria principalmente no período noturno, agora também vem acontecendo durante a tarde.