Quase metade dos trabalhadores de aplicativos não consegue pagar as contas, aponta pesquisa

Quase metade dos trabalhadores de aplicativos no Brasil não consegue arcar com as despesas básicas do mês. Segundo pesquisa da fintech GigU, em parceria com a Jangada Consultoria, 45,1% afirmam que a renda líquida não cobre os custos mensais.

Mesmo com 50,2% trabalhando mais de oito horas por dia e 54,4% atuando em dois ou mais apps, a remuneração segue insuficiente. Para quase metade dos entrevistados (49,9%), os gastos com combustível, alimentação e manutenção ultrapassam R$ 1.500 por mês.

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  • Realidade econômica dos trabalhadores de aplicativos

    A principal motivação para entrar na gig economy é econômica. Segundo o levantamento, 66,6% começaram a trabalhar por necessidade. O desemprego (35,4%) e o desejo de complementar a renda (38%) são os motivos mais frequentes. A flexibilidade é mencionada por 31,5%, mas a maioria segue na atividade por falta de alternativas no mercado formal.

    Falta de transparência e baixa valorização

    Mais de 60% dos trabalhadores de aplicativos reclamam da falta de clareza nas taxas, valores e bloqueios. Além disso, o suporte das plataformas é mal avaliado por seis em cada dez profissionais. Para 78,3%, as empresas demonstram pouco ou nenhum cuidado com os entregadores e motoristas.

    “A transparência nos ganhos é hoje uma das maiores demandas desses trabalhadores”, afirma Luiz Gustavo Neves, CEO da GigU. Sem saber exatamente quanto vão receber ou por que há descontos, muitos não conseguem planejar sua vida financeira.

    Demandas urgentes e futuro incerto

    Entre as reivindicações estão melhor remuneração por corrida (97,4%), redução de taxas (72,7%) e mais transparência (56,9%). Outros pontos citados são suporte eficiente (51,3%) e acesso a benefícios como plano de saúde e previdência (42,8%).

    Mesmo com as dificuldades, 46,4% dizem que continuarão nesse tipo de trabalho até encontrarem algo melhor. Já 31,9% deixariam imediatamente, se tivessem outra oportunidade com melhor remuneração.

    O estudo reforça a necessidade de regulação justa e urgente, que assegure direitos mínimos e valorização para quem mantém esse setor em funcionamento.

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