O uso da bicicleta como meio de transporte continua crescendo no Brasil, mas a segurança no trânsito se mantém como a principal barreira para quem deseja pedalar com mais frequência. É o que aponta uma pesquisa da Tembici, empresa líder em micromobilidade na América Latina.
Segundo o levantamento, 53% dos brasileiros utilizam bikes compartilhadas para trajetos cotidianos, como trabalho, faculdade ou academia. No entanto, 36% dos usuários ainda se sentem inseguros ao pedalar nas vias urbanas, o que impede maior adesão ao modal.
Segurança no trânsito afeta mais mulheres ciclistas
A pesquisa revela que o impacto da segurança no trânsito é ainda mais acentuado entre as mulheres: 40% delas apontam a insegurança como principal motivo para não pedalarem mais. Entre os homens, o percentual foi de 33%.
Esses dados reforçam a importância do Maio Amarelo, campanha dedicada à conscientização e redução de acidentes. A Tembici defende o respeito à hierarquia nas vias, prevista pelo Código de Trânsito Brasileiro, em que veículos maiores devem proteger os menores.
Transformar a mobilidade passa por mais acolhimento ao ciclista
Para Thiago Boufelli, Diretor de Operações da Tembici, é fundamental que o poder público e a iniciativa privada invistam em políticas que priorizem a ciclomobilidade. Isso inclui escutar os usuários, planejar rotas mais seguras e implementar ciclovias que garantam a segurança no trânsito de quem escolhe a bike.
Embora o Brasil seja o maior mercado de bicicletas compartilhadas da América Latina, com 35% da oferta do continente, a região ainda conta com menos de 6% de vias equipadas com ciclovias ou ciclofaixas.
A cultura da bicicleta avança, mas o desafio envolve garantir infraestrutura e segurança para todos os ciclistas.