O serviço de mototáxi segue proibido na cidade de São Paulo desde janeiro de 2023, por força de um decreto municipal. Mesmo com recomendações judiciais para regulamentar a atividade, a Prefeitura mantém a suspensão do serviço, o que levou as plataformas Uber e 99 a divulgarem um novo comunicado conjunto na quarta-feira (11).
As empresas se dirigiram diretamente ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) e pediram a liberação da atividade, considerada essencial para milhares de motociclistas e passageiros na capital. Para as plataformas, a suspensão representa uma “proibição velada” e contribui para a exclusão de quem depende da moto para se locomover ou gerar renda.
Uber e 99 criticam bloqueio ao serviço de mototáxi
No documento, Uber e 99 afirmam que São Paulo tem mais de 1,3 milhão de motos em circulação. Segundo elas, a moto já faz parte do cotidiano da cidade, sendo usada para transporte de pessoas, entregas e deslocamentos profissionais.
A suspensão do serviço prejudica principalmente moradores das periferias, onde o mototáxi é, em muitos casos, a única opção acessível para deslocamentos e oportunidades de trabalho.
Plataformas pedem regulamentação imediata
As empresas destacam que a proibição vai na contramão das soluções modernas de mobilidade e pedem que a Prefeitura avance na criação de regras claras para a operação do mototáxi por aplicativo. Argumentam que o serviço pode funcionar com mais segurança, fiscalização e transparência do que as viagens informais.
Para Uber e 99, proibir o serviço é impedir que trabalhadores gerem renda com a própria moto, mesmo em um cenário onde há demanda real e carência de transporte acessível.