Em artigo publicado no Mobilidade Estadão, Rafael Calabria, especislista em mobilidade urbana, abordou os possíveis impactos da extinção da SPTrans, empresa responsável pela gestão do transporte coletivo por ônibus em São Paulo.
A proposta, anunciada pelo prefeito Ricardo Nunes, preocupa especialistas e passageiros, uma vez que a SPTrans desempenha funções essenciais como a gestão do Bilhete Único, o fornecimento de informações sobre linhas e o atendimento aos passageiros.
A mudança sugerida prevê que a SP Regula assuma contratos de ônibus, enquanto a Secretaria de Transportes lidaria com a operação.
No entanto, essa divisão de tarefas pode gerar uma grave desorganização, considerando que a secretaria tem uma equipe reduzida e pouca experiência na gestão de contratos.
A SPTrans também é responsável por ações de planejamento, como a criação de linhas de ônibus da madrugada, ajustes na frota e expansão de terminais.
A perda dessas atribuições comprometeria a qualidade do serviço e dificultaria melhorias no sistema. O artigo alerta para o risco de fortalecer empresários e fragilizar o combate a irregularidades.
Comparando com cidades como Nova Iorque e Paris, que possuem órgãos especializados em transporte, Rafael Calabria destaca a necessidade de manter uma entidade dedicada ao transporte público em São Paulo para garantir um serviço eficiente e acessível à população.