A ViaMobilidade, concessionária responsável pelas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos, têm buscado melhorar sua operação e trazer mais segurança ao sistema através do uso da tecnologia. A empresa implementou um sistema de detectores de fadiga nas cabines dos trens, equipado com inteligência artificial para monitorar a atenção dos operadores.
Além disso, a ViaMobilidade adotou o uso de etilômetros para garantir que os colaboradores não estejam sob o efeito de álcool antes de iniciar suas atividades.
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Em cada cabine foram instalados 3 câmeras integradas com um sistema munido de inteligência artificial.
O equipamento tem a capacidade de monitorar o cansaço e disparam alerta quando detectam distrações do operador, uso do celular ou ausência na condução. Além dos dispositivos, a concessionária ainda dispõe de um centro de controle dedicado ao sistema, que conta com plataforma online de visualização e gestão de eventos.
O sensor de fadiga começou a ser testado nos trens da ViaMobilidade em junho de 2022. Já a implantação total foi concluída em novembro do mesmo ano. Pela quantidade de estímulos, tarefas e os recursos de segurança, os maquinistas passam por um longo treinamento de 600 horas que pode durar até quatro meses.
O sistema implementado nos trens da ViaMobilidade já foi usado nos carros há alguns anos. O sensor de fádiga é utilizado em outros modais de transporte, como por exemplo no VLT da Baixada, onde o condutor precisa pressionar um pedal, chamado de “homem morto” a cada 300 metros para mostrar que está atento.
Rodrigo Alexandre Silva, gerente do Centro de Controle Operacional e do Tráfego das linhas 8 e 9, explicou ao Mobilidade Sampa como o sistema funciona.
“O sistema que detecta fadiga é munido de inteligência artificial que identifica bocejos e sonolências, reportando imediatamente uma mensagem sonora ao operador para que ele não perca a atenção. Concomitantemente, o sistema envia um alarme de ocorrência aos líderes do colaborador”, disse Rodrigo, gerente do CCO das linhas 8 e 9.
Existe algum limite ou padrão para identificar o nível de fadiga considerado perigoso?
“Tratamos toda a desatenção como um risco. O sistema também separa eventos por níveis de severidade avaliados pelo líder do colaborador. Desta forma, os líderes conseguem tomar decisões muito mais assertivas junto aos colaboradores, pois o sistema fornece todas as informações necessárias”, explicou Rodrigo.
Quando o sistema detecta sinais de fadiga, são automaticamente emitidas mensagens de voz através dos autos falantes embarcados em cada cabine, solicitando ao condutor que mantenha a atenção durante a condução.
Conduzir um trem exige atenção máxima do maquinista, ainda mais quando está transportando quase duas mil pessoas simultaneamente nos horários de pico em São Paulo.
Outro tema importante para ViaMobilidade é o gerenciamento das condições ideais dos condutores, que contempla um programa de combate ao uso indevido de álcool.
O etilômetro, também conhecido como bafômetro, é utilizado diariamente pelos colaboradores das áreas sensíveis da ViaMobilidade, como os operadores de trem e os profissionais do Centro de Controle Operacional (CCO). Ao entrar na empresa, cada um deve realizar o teste para checar o nível de álcool, por meio de um sistema que ainda faz o reconhecimento facial e é totalmente automatizado. Se eventualmente o dispositivo apontar positivo, esse colaborador deve aguardar alguns minutos para refazer o teste e, se confirmado o resultado, ele é encaminhado para a equipe de Saúde Ocupacional.
Os testes são realizados todos os dias antes do início das atividades laborais e por amostragens que podem ser realizadas durante a jornada de trabalho.
Quando um colaborador apresenta nível de álcool acima do permitido, ele é abordado pelo líder, não assume as atividades em hipótese alguma e é encaminhando ao serviço médico social da Concessionária.
E em casos de falsos positivos? É possível?
“Testes realizados imediatamente após a utilização de antissépticos bucais, contato com álcool em gel ou perfumes, são alguns dos exemplos que podem gerar resultados com falso positivo. Quando ocorre um resultado positivo, uma contraprova é realizada em outro equipamento etilômetro entre 15 e 30 minutos da primeira testagem”, explicou Rodrigo.
Como o uso do etilômetro impactou a segurança operacional e a prevenção de acidentes na ferrovia?
“Mais importante do que garantir que nenhum dos colaboradores iniciem as suas atividades sob o efeito de álcool, é o processo de prevenção ao uso indevido de álcool. O programa conta com treinamento, encaminhamento rápido ao médico do trabalho dos colaboradores detectados pelos etilômetros, onde há um protocolo de acompanhamento personalizado realizado pela medicina do trabalho e pela liderança dos colaboradores”, finalizou Rodrigo ao Mobilidade Sampa.
Sistema patético! Os trens sempre tiveram Homem Morto um pedal que sempre é acionado a cada 15s durante a movimentação do trem.
Se o sensor de FADIGA é tão importante, deveriam colocar na cara de todos os diretores e gerentes que dormem no ponto com essa concessão.
Querem eficiência? Diminuam a carga horária dos maquinistas que é altíssima, e foi aumentada em Abril de 8h para 10h. Antes os maquinistas trabalhavam 15 dias no mês como todo quadro da CCR, agora trabalham 22 dias.
Balela pra iludir quem não conhece do sistema ,os trens sempre tiveram o homem morto,só mudou das mãos para o pé,