Prefeitura de SP desafia MP e derruba árvores em obra polêmica na Sena Madureira

Em um ato que gerou revolta entre ambientalistas e moradores, a Prefeitura de São Paulo iniciou nesta sexta-feira (8) o desmatamento do canteiro central da Rua Sena Madureira, na Zona Sul, para dar início às obras de um túnel, mesmo após recomendação do Ministério Público para a paralisação imediata do projeto.

A decisão da prefeitura de seguir com a obra, desconsiderando os impactos ambientais e sociais, gerou protestos e críticas. Ativistas e moradores se reuniram no local, utilizando apitos e cartazes para expressar sua indignação com o corte de árvores centenárias e o descaso com o meio ambiente.

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  • Impactos Ambientais e Sociais:

    A obra, orçada em R$ 531 milhões, prevê a construção de dois túneis que ligarão a Rua Sena Madureira à Avenida Ricardo Jafet. Além do corte de 172 árvores, o projeto também prevê a remoção de cerca de 150 famílias que vivem em duas comunidades na região.

    A área onde a obra está sendo realizada abriga um importante corredor ecológico que conecta os parques Ibirapuera e da Aclimação, e possui um córrego que, segundo especialistas, configura uma Área de Proteção Permanente (APP). No entanto, a Prefeitura nega a existência da APP.

    Controvérsias e Irregularidades:

    A decisão de retomar a obra, que havia sido paralisada em 2013, gerou diversas controvérsias. O contrato inicial, firmado em 2011, foi alvo de denúncias de corrupção e já havia sido investigado pela Operação Lava Jato. Além disso, a prefeitura não apresentou um plano detalhado de relocação para as famílias que serão removidas.

    O que dizem os envolvidos:

    • Prefeitura: Afirma que a obra é necessária para melhorar o fluxo de veículos na região e que a compensação ambiental será realizada com o plantio de novas mudas.
    • Moradores: Denunciam a falta de transparência e participação popular no processo decisório e temem perder suas casas e um importante espaço verde.
    • Ambientalistas: Alertam para os graves impactos ambientais da obra e questionam a legalidade da derrubada das árvores.

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