O ministro de Minas e Energia , Alexandre Silveira , anunciou nesta quarta-feira (16) que o horário de verão não será retomado em 2024. A decisão foi tomada após uma reunião com o Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS) , na qual foi avaliado que não há necessidade da medida neste ano. No entanto, o governo federal considera avaliar a volta da política a partir de 2025 .
“Temos uma segurança energética assegurada e um modesto restabelecimento da nossa condição hídrica . Vamos reavaliar essa política após o verão”, disse o ministro. Ele também ressaltou que o horário de verão não deve ser uma decisão baseada apenas em motivos políticos, mas sim uma análise cuidadosa dos impactos positivos e negativos para o setor elétrico e a economia .
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A suspensão do horário de verão foi recomendada apesar de uma sugestão anterior do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) . A melhoria nas chuvas e nos reservatórios das hidrelétricas permitiu ao governo descartar a medida para 2024. Segundo Silveira, implementar o horário de verão neste ano teria efeito, uma vez que só poderia começar em novembro , reduzindo o potencial de economia no período de maior custo-benefício, que ocorre entre outubro e meados de dezembro.
Horário de Verão e Economia de Energia
O horário de verão foi adotado anualmente desde 1985 para reduzir o consumo de energia, aproveitando mais tempo de luz natural. Entretanto, em 2019 , a medida foi suspensa pelo então presidente Jair Bolsonaro devido à sua perda de eficácia. Agora, o tema retorna ao debate não tanto pela economia de energia, mas como uma estratégia para aproveitar melhor a geração de energia solar e reduzir o acionamento de termelétricas , que são mais caras e poluentes.
De acordo com o ONS , o horário de verão ajuda a aumentar o uso de fontes de energia solar e eólica , além de reduzir a demanda máxima em até 2,9%. Ao deslocar o pico de consumo para horários com mais geração solar, a medida aliviaria a necessidade de recorrer a usinas térmicas, complementando a geração de energia no momento de transição entre a queda da geração solar e o aumento da eólica durante a madrugada.
Assim, a decisão de retomar ou não o horário de verão será reavaliada no início de 2025 , quando o governo tiver uma visão mais clara das condições hídricas e energéticas do país.