O Metrô de São Paulo rescindiu unilateralmente o contrato com a empresa DSoares Empreendimentos e Construções, que previa a realização de investigações geotécnicas, sondagens e mapeamento de redes de utilidade pública para a Linha 22-Marrom. Este ramal, em fase de anteprojeto de engenharia, ligará Cotia à Estação Sumaré da Linha 2-Verde.
O contrato, assinado em junho de 2023, tinha um valor de R$ 5.888.784,22 e previa a conclusão dos serviços até março de 2024. No entanto, o Metrô de São Paulo optou pela rescisão do contrato, embora a ata de rescisão não detalhe os motivos, que estão descritos no “Processo Administrativo Sancionatório nº 001809301/001/2024”, documento que não foi tornado público.
A DSoares venceu a licitação contra os consórcios EPT Reconverte e Alphageos-Geocontrole-Planal, que apresentaram propostas mais elevadas. A proposta da empresa CCL, que ofereceu o menor preço, foi desclassificada por não atender aos critérios de habilitação.
A Linha 22-Marrom é projetada para atender 649 mil passageiros por dia, com uma extensão de 29 km, 19 estações e um pátio de manutenção. Para atender à demanda, serão necessários 52 trens. O ramal pode ser construído em diferentes modalidades, como subterrâneo, de superfície ou elevado, e pode utilizar trens convencionais ou monotrilho.
Existe também a possibilidade de um projeto mais robusto até Granja Viana, com um modal de média capacidade ligando essa região a Cotia. No entanto, o projeto da Linha 22-Marrom ainda está em um estágio inicial e compete com outros projetos mais avançados, como as Linhas 19-Celeste e 20-Rosa. A Linha 16-Violeta, por sua vez, ganhou destaque recentemente devido ao interesse da construtora Acciona em viabilizá-la.
A rescisão do contrato representa um revés para o avanço do projeto da Linha 22-Marrom, que é considerado essencial para a mobilidade na região, mas que enfrenta desafios na sua implementação.