Dia Mundial Sem Carro: a bicicleta e o papel de cada um de nós

Bike Preta
Foto: Divulgação/Prefeitura de Santos

Todos os anos, o dia 22 de setembro nos traz uma provocação importante: é possível viver sem carro? Falando francamente, a impressão é que avançamos muito pouco com o decorrer do tempo, especialmente no Brasil. A dependência dos veículos motorizados não parece diminuir, pelo contrário, mesmo com todas as campanhas de conscientização. 

É importante salientar que recentemente tivemos importantes evoluções, como o avanço dos serviços de transporte por aplicativo e o impulso dos carros elétricos, ambientalmente mais corretos. 

Mesmo assim, nosso país segue muito longe do cenário ideal. Nosso sistema de transporte público é caro e ineficaz, enquanto outras alternativas como as bicicletas e autopropelidos seguem com pouquíssimos inventivos para o seu uso. As ciclovias são restritas a poucas regiões, e frequentemente o ciclista se vê em situações de risco. 

O que fazer então? Aqui eu abro um parênteses para falar um pouco da minha história. Por quase 20 anos, trabalhei como executivo de grandes empresas. Assim como a maioria, também era dependente do carro. 

A paixão pelo ciclismo, porém, me fez mudar. Eu gostava tanto de pedalar que decidi montar uma empresa para oferecer serviços para outros ciclistas. Hoje, o Clube Santuu já está consolidado, mas isso mudou também a minha rotina. Além dos treinos, a bicicleta se tornou o meu principal meio de locomoção. 

Às vezes, é preciso um pouco de coragem para sair da zona de conforto. Hoje, eu ainda me incluo entre a minoria. Uma pesquisa recente apontou que apenas 7% dos brasileiros utilizam a bicicleta como um de seus principais meios de locomoção. 

Mas aqui eu falo de coração: quem pedala todo dia nunca se arrepende. A saúde e o humor também agradecem. Com o crescimento das bikes elétricas, tudo ficou ainda mais fácil. É possível chegar no trabalho sem despejar uma gota de suor. 

Mais uma vez, vale ressaltar que nem sempre é fácil. Faltam políticas públicas que incentivem o uso em massa da bicicleta, é verdade. Mas a mudança também depende um pouco de cada um de nós. E o mundo precisa que mudemos com pressa. Bora pedalar?

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