A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) deu um passo crucial para a realização do projeto Trem Intercidades (TIC), que pretende conectar São Paulo a Campinas, abrangendo 11 municípios e beneficiando 15 milhões de pessoas.
A aprovação do Projeto de Lei (PL) 912/2023, há um ano, permitiu a adequação da Lei 17.386/2021, facilitando a captação de recursos necessários para o projeto.
A lei revisada, sancionada em 11 de julho do ano passado pelo governador Tarcísio de Freitas, autorizou a obtenção de até R$ 6,5 bilhões para a implementação do Trem Intercidades, com emendas que garantem maior transparência nas transações financeiras.
A construção e operação do Trem Intercidades estão previstas para gerar até 10 mil empregos diretos e indiretos, contribuindo significativamente para a economia local.
De acordo com Mário Eduardo Campos, economista da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), o projeto promete dinamizar a economia regional ao aumentar a demanda por comércio e serviços nas cidades atendidas pelo trem.
Além disso, o novo serviço proporcionará uma alternativa mais eficiente e sustentável ao tráfego rodoviário intenso, reduzindo a poluição e os custos de deslocamento para os passageiros.
A implantação do Trem Intercidades exige reformas na infraestrutura ferroviária existente, o que também trará benefícios econômicos adicionais e valorizará a mão de obra local.
O deputado Dirceu Dalben (Cidadania) coordena a Frente Parlamentar para Discussão e Aprimoramento da Legislação e Políticas Públicas da Malha Ferroviária, que apoia o avanço do projeto e promove discussões sobre sua eficiência e impacto.
O Trem Intercidades terá um percurso de 96 quilômetros, com uma duração estimada de uma hora entre São Paulo e Campinas, incluindo uma parada em Jundiaí.
A operação contará com 15 trens, com partidas a cada 15 minutos durante os horários de pico e capacidade para 800 passageiros por viagem.
A tarifa média será de aproximadamente R$ 50, e o investimento total é estimado em R$ 13,5 bilhões.
A previsão é que o sistema entre em funcionamento em 2031.