O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SMTTRUSP) aprovou um indicativo de greve de ônibus em São Paulo durante sua última reunião. O sindicato estabeleceu o dia 03 de junho como prazo final para o sindicato patronal, SPUrbanuss, apresentar uma nova proposta de aumento salarial. Caso as demandas não sejam atendidas, os motoristas planejam iniciar uma greve geral na sexta-feira, dia 7 de junho.
Prazo e legalidade da greve
A paralisação está prevista para começar às 0h00 de sexta-feira, 7 de junho, afetando todas as garagens e terminais de ônibus da cidade. A lei exige que greves em serviços essenciais sejam anunciadas com pelo menos 72 horas de antecedência, garantindo tempo para que as negociações possam ser retomadas e evitando surpresas para a população.
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Declarações e exigências dos motoristas
Edivaldo Santiago, presidente do SMTTRUSP, enfatizou a importância da data limite para a negociação: “Vamos aguardar uma proposta digna, justa e decente dos patrões até o dia 3 de junho. Se não vier, a direção do sindicato vai mobilizar a categoria para um grande movimento paredista nesta cidade”.
Estado das negociações
Até o momento, os motoristas de ônibus já se reuniram cinco vezes com os representantes patronais. Contudo, consideram as propostas apresentadas até agora como insuficientes.
Demandas dos motoristas:
- Reajuste salarial: 3,69% (baseado no IPCA-IBGE)
- Aumento real: 5%
- Reposição das perdas salariais: 2,46% (estimativa do DIEESE)
- Demais reivindicações: Participação nos lucros, reajuste do tíquete e do seguro de vida, melhoria no convênio médico e odontológico, e remuneração durante o horário de almoço.
Propostas dos patrões:
- Aumento salarial: 2,77% (baseado no IPC-FIPE)
- Demais reivindicações: Ainda em análise, com contraproposta prevista para o dia 03 de junho.
Posicionamento do SPUrbanuss
O SPUrbanuss informou que as negociações ainda estão em andamento e que é inoportuno se manifestar detalhadamente sobre as cláusulas econômicas enquanto as conversas não forem encerradas. A entidade afirmou: “As conversações entre o sindicato patronal e o sindicato dos operadores ainda não foram encerradas”.