A partir de 1º de julho, os moradores do Distrito Federal não poderão mais pagar as passagens de ônibus em dinheiro, devendo utilizar cartões de mobilidade, crédito ou débito.
Esta mudança, oficializada no Diário Oficial do Distrito Federal, busca modernizar o sistema de pagamento de tarifas, mas traz consigo desafios, especialmente em regiões que ainda dependem de bilhetes em papel ou pagamento em dinheiro.
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A especialista em benefícios trabalhistas Gisele Andrade, da RB Serviços, alerta sobre a necessidade de uma transição cuidadosa, especialmente em áreas com maior resistência à digitalização.
Gisele ressalta que, apesar dos avanços na digitalização do transporte público em estados como Goiás, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Tocantins e Paraná, muitas cidades menores ainda aceitam pagamentos em bilhetes físicos ou dinheiro.
Nessas localidades, a cultura local e a população idosa são fatores que contribuem para a manutenção dos métodos tradicionais de pagamento.
A especialista enfatiza a importância de garantir acessibilidade aos cartões de transporte, fornecer orientação adequada aos usuários e promover uma distribuição antecipada para facilitar a adaptação.
Além disso, Gisele destaca a importância do vale-transporte, um benefício trabalhista que, por lei, não deve ser pago em dinheiro aos colaboradores.
No entanto, algumas empresas ainda cometem essa infração, seja por desconhecimento ou para atender às necessidades de municípios e transportadoras que aceitam esse método.
A especialista sugere que uma gestão eficiente do vale-transporte, aliada à expansão das tecnologias e à digitalização do sistema, pode otimizar o pagamento e promover equidade e sustentabilidade.
Dados do World Resources Institute (WRI) indicam que 80% dos deslocamentos urbanos no Brasil têm como destino o trabalho ou o estudo, evidenciando a importância dos transportes públicos na rotina diária.
Um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas/SPC (CNDL) mostra que moradores de grandes centros utilizam, em média, 2,5 conduções diariamente, ressaltando a necessidade de melhorias na integração dos transportes e na gestão da mobilidade urbana.
Gisele Andrade acredita que o Brasil está avançando na digitalização e personalização dos programas de mobilidade urbana, mas ainda há um longo caminho a percorrer para atingir um sistema mais inclusivo e eficiente.
Ela destaca a importância de parcerias entre empresas, municípios, estados e operadoras para desenvolver políticas que atendam às necessidades individuais dos trabalhadores e promovam um transporte público mais sustentável e acessível.
RB
A RB Serviços, fundada em 1999, é uma empresa especializada em soluções de gestão de benefícios para empresas, com uma forte ênfase na qualidade, transparência e inovação. A empresa tem uma presença nacional e se destaca por suas premiações e reconhecimento na área de recursos humanos.