A partir de 2025, muitos carros novos em São Paulo estarão isentos do rodízio municipal devido à adoção de tecnologias híbridas, em conformidade com a oitava fase do Proconve (Programa de Controle de Emissões Veiculares), conhecida como Proconve L8.
Essa nova fase impõe limites mais rígidos de emissões de poluentes, incentivando a comercialização de veículos híbridos e elétricos, que emitem menos poluição.
O rodízio municipal de veículos, criado em 1997 durante a gestão do ex-prefeito Celso Pitta, foi implementado para reduzir a poluição do ar, restringindo a circulação de veículos em horários de pico no Centro Expandido da cidade.
Desde 2015, carros híbridos e elétricos são isentos do rodízio, uma política que será mantida pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo, pois esses veículos ainda representam uma pequena parcela da frota e são menos poluentes.
O Proconve L8 será mais exigente de forma escalonada até 2031, o que levará as montadoras a investir em tecnologias híbridas, principalmente híbridos flex, que utilizam etanol, um combustível considerado sustentável.
O recente Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), aprovado pelo Congresso e aguardando sanção presidencial, também incentiva a adoção de tecnologias limpas, oferecendo descontos no IPI e isenção de impostos de importação para peças de veículos eletrificados.
Ricardo Bastos, presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), afirma que os carros híbridos podem reduzir as emissões de poluentes entre 30% e 70%.
A tecnologia híbrida leve, ou micro-híbrida, deve predominar nos próximos anos devido ao menor custo e eficiência em reduzir as emissões.
A isenção do rodízio é um forte incentivo para a compra desses veículos, impactando positivamente o mercado de automóveis “verdes” na cidade.