VLT de Campinas deve receber investimento de R$ 2,6 bilhões

O governo do Estado de São Paulo anunciou um investimento de R$ 2,6 bilhões para a implantação de duas linhas de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Região Metropolitana de Campinas (RMC). As novas linhas ligarão o Centro de Campinas ao Aeroporto Internacional de Viracopos, e Campinas aos municípios de Hortolândia e Sumaré, integrando três dos cinco maiores municípios da região.

Integração e benefícios

As cidades de Campinas, Hortolândia e Sumaré, que juntas somam 1,65 milhão de habitantes, serão conectadas por este novo modal de transporte, representando pouco mais da metade da população da Grande Campinas. As novas ligações ferroviárias serão integradas ao Trem Intercidades (TIC) São Paulo-Campinas, oferecendo uma alternativa de transporte mais rápida e eficiente comparada ao atual sistema rodoviário, que sofre com congestionamentos nas principais rodovias de acesso.

  • Você viu algum acidente na estrada ou no trânsito? Pegou congestionamento? Deu problema no ônibus? Observou falha no Metrô, CPTM, ViaMobilidade ou ViaQuatro? Viu incêndio? Marque @mobilidadesampa no Twitter/X ou nos Stories do Instagram ou envie mensagem para o nosso WhatsApp (11) 96292-9448. A sua informação pode ajudar outro passageiro ou motorista!
  • Siga o Mobilidade Sampa nas redes sociais: estamos no Twitter/X, Facebook e Instagram. Se inscreva em nosso canal no YouTube. Siga também o nosso canal no WhatsApp ou Telegram.
  • Você tem um negócio ou marca e deseja anunciar? Anuncie em nosso site ou redes sociais e impulsione sua marca para o topo! Saiba mais aqui.
  • Cronograma e empregos

    O edital de concorrência pública para a construção das linhas de VLT, via parceria público-privada (PPP), será lançado no início de 2026, com a realização do leilão no ano seguinte. As obras têm prazo estimado de oito anos para conclusão e devem gerar cerca de 3 mil empregos. “O VLT vai oferecer um transporte de melhor qualidade, mais rápido e com maior capacidade que o ônibus”, destacou Rafael Benini, secretário estadual de Parcerias em Investimentos.

    Trajetos e infraestrutura

    Os projetos do VLT incluem a implantação de 44 quilômetros de linhas férreas, divididos em partes iguais entre as duas rotas. O principal ponto de embarque e desembarque será na Estação Cultura (antiga Fepasa) no Centro de Campinas, que também receberá o TIC. O VLT com destino a Viracopos seguirá pela Avenida Lix da Cunha e pela linha desativada da antiga Companhia Mogiana de Estrada de Ferro, passando pelos distritos de Campo Grande e Ouro Verde. Já a linha para Hortolândia e Sumaré será construída dentro da faixa de domínio da linha férrea existente usada para transporte de carga.

    Repercussão regional

    Gustavo Reis, presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC e prefeito de Jaguariúna, elogiou o projeto, afirmando que ele representa um marco significativo para o desenvolvimento regional. “Este projeto não só moderniza nossa infraestrutura, mas também promove um futuro mais sustentável e conectado para todos os cidadãos”, disse Reis. Dário Saadi, prefeito de Campinas, destacou a importância do VLT para a mobilidade urbana da RMC, considerando-o complementar ao TIC.

    Opiniões de especialistas

    O professor e engenheiro mecânico Luiz Vicente Figueiredo de Mello Filho considerou a proposta do VLT atrasada, enfatizando a necessidade de transporte de massa para atender 30 mil passageiros por hora nos dois sentidos. Ele sugeriu a construção de outras linhas na RMC, ligando Campinas a Paulínia e Jaguariúna, e a possibilidade de substituir o VLT pelo Autonomous Rail Transit (ART), um sistema ferroviário autônomo sobre rodas. “A vantagem indiscutível está no transporte do mesmo número de pessoas que um VLT sem a necessidade de investimentos em trilhos físicos e uma inflexibilidade quanto a rápidas mudanças de trajeto,” explicou Mello Filho.

    Deixe um comentário