Privatização da Sabesp em São Paulo é aprovada com controvérsias

Na noite desta quinta-feira, 2 de maio de 2024, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou o projeto que privatiza a Sabesp na capital paulista, em uma sessão marcada por protestos e tumultos, com a retirada de manifestantes da galeria.

O texto foi aprovado por 37 votos favoráveis e 17 contrários, superando a maioria simples necessária. O prefeito Ricardo Nunes sancionou o projeto, que já é lei.

A primeira votação, em abril, já havia registrado 36 votos a favor e 18 contra. O projeto teve que passar pela Câmara porque inclui mudanças na lei municipal para permitir que a capital mantenha o contrato de fornecimento com a Sabesp mesmo após a privatização.

O projeto, que já havia sido aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado em dezembro de 2023 e sancionado pelo governador Tarcísio de Freitas, teve sua segunda votação condicionada por uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, exigindo a realização de todas as audiências públicas previstas e a apresentação de um estudo de impacto orçamentário.

Apesar das alegações da Câmara de que todas as condições foram cumpridas, o Ministério Público de São Paulo se manifestou afirmando que a votação estava suspensa até a apresentação do laudo de impacto orçamentário. O MPSP também solicitou esclarecimentos técnicos sobre o estudo ao executivo municipal.

A sessão plenária foi marcada por protestos, com manifestantes a favor e contra a privatização presentes na galeria. Houve tumulto e a retirada de ao menos dois manifestantes pela Guarda Civil Municipal.

Confira como votou cada vereador:

Os vereadores dos partidos que compõem a base do governo Ricardo Nunes, Republicanos, PSD, Novo, Podemos, MDB, PL, União Brasil e PP, votaram a favor da privatização da estatal.

Enquanto os vereadores da oposição, PT, PSOL, PSB e PV, foram contrários ao projeto de lei. Adilson Amadeu (União Brasil) foi o único que não participou da votação.

Votaram SIM

  1. Atílio Francisco (Republicanos)
  2. Aurélio Nomura (PSD)
  3. Carlos Bezerra Júnior (PSD)
  4. Coronel Salles (PSD)
  5. Cris Monteiro (Novo)
  6. Danilo do Posto (Podemos)
  7. Dr. Milton Ferreira (Podemos)
  8. Dr. Nunes Peixeiro (MDB)
  9. Dra. Sandra Tadeu (PL)
  10. Edir Salles (PSD)
  11. Eli Corrêa (União Brasil)
  12. Ely Teruel (MDB)
  13. Fábio Riva (MDB)
  14. Fernando Holiday (PL)
  15. George Hato (MDB)
  16. Gilberto Nascimento (PL)
  17. Gilson Barreto (MDB)
  18. Isac Felix (PL)
  19. Janaína Lima (PP)
  20. João Jorge (MDB)
  21. Jorge Wilson Filho (Republicanos)
  22. Major Palumbo (PP)
  23. Marcelo Messias (MDB)
  24. Marlon Luz (MDB)
  25. Milton Leite (União Brasil)
  26. Paulo Frange (MDB)
  27. Ricardo Teixeira ((União Brasil)
  28. Rinaldi Digilio (União Brasil)
  29. Rodrigo Goulart (PSD)
  30. Rubinho Nunes (União Brasil)
  31. Rute Costa (PL)
  32. Sandra Santana (MDB)
  33. Sansão Pereira (Republicanos)
  34. Sidney Cruz (MDB)
  35. Sonaira Fernandes (PL)
  36. Thammy Miranda (PSD)
  37. Xexéu Tripoli (União Brasil)

Votaram NÃO

  1. Alessandro Guedes (PT)
  2. Arselino Tatto (PT)
  3. Celso Giannazi (PSOL)
  4. Dr. Adriano Santos (PT)
  5. Elaine do Quilombo Periférico (PSOL)
  6. Eliseu Gabriel (PSB)
  7. Hélio Rodrigues (PT)
  8. Jair Tatto (PT)
  9. João Ananias (PT)
  10. Jussara Basso (PSB)
  11. Luana Alves (PSOL)
  12. Luna Zarattini (PT)
  13. Manoel Del Rio (PT)
  14. Toninho Vespoli (PSOL)
  15. Roberto Tripoli (PV)
  16. Senival Moura (PT)
  17. Silvia da Bancada Feminista (PSOL)

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