Irã confirma morte do presidente Ebrahim Raisi em queda de helicóptero

Na madrugada desta segunda-feira, o governo do Irã confirmou a morte do presidente Ebrahim Raisi e de sua comitiva, incluindo o chanceler Hossein Amirabdollahian, após a queda do helicóptero que os transportava de volta ao país após uma visita à fronteira com o Azerbaijão. A informação foi divulgada pela agência Reuters, citando um alto funcionário iraniano que pediu para não ser identificado.

Detalhes do acidente

O helicóptero presidencial caiu e ficou completamente queimado, segundo a agência de notícias iraniana Mehr, que confirmou a morte de todos os passageiros. “O presidente Raisi, o ministro das Relações Exteriores e todos os passageiros do helicóptero morreram na queda”, declarou o funcionário à Reuters.

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Anteriormente, houve informações contraditórias sobre a situação, com o Ministério do Interior iraniano afirmando que a aeronave havia realizado um “pouso difícil” e a mídia estatal dizendo que o helicóptero havia sido localizado. O Crescente Vermelho negou essas informações, destacando que o local do acidente ainda não havia sido encontrado e que as operações de resgate estavam sendo realizadas em condições difíceis devido à chuva e neblina densa.

Operação de resgate

Mais de 20 equipes de resgate, equipadas com drones e cães farejadores, foram enviadas para a área do acidente, próximo à cidade de Jolfa, cerca de 600 quilômetros de Teerã. A comunidade internacional acompanhou atentamente as buscas, dada a importância do Irã no Oriente Médio. Países como Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes, Kuwait, Síria, Iraque, e Turquia ofereceram ajuda nas buscas, enquanto o Hamas expressou solidariedade ao Irã.

Impacto político

A morte de Raisi, acusado de envolvimento na execução de milhares de dissidentes nos anos 1980, aumenta a incerteza sobre o futuro do país. Desde sua eleição em 2021, ele enfrentou desafios significativos, agravando a instabilidade política e econômica do Irã. Como um dos possíveis sucessores do aiatolá Ali Khamenei, sua morte complica ainda mais a sucessão do líder supremo de 85 anos, cuja saúde é frágil.

Próximos passos

Com a morte de Raisi, o primeiro vice-presidente Mohammad Mokhber deve assumir o comando do país interinamente até a realização de novas eleições dentro de 50 dias. A situação atual coloca o Irã em um momento crítico, com a necessidade de liderança forte para navegar por um período de incerteza e possíveis mudanças significativas na política interna e externa do país.

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