As negociações entre os representantes das empresas de ônibus da cidade de São Paulo e o Sindicato dos Motoristas e demais funcionários do sistema municipal de transporte continuam sem um acordo, conforme a reunião realizada nesta terça-feira, 28 de maio de 2024.
A entidade trabalhista estipulou um novo prazo para que os empresários apresentem propostas satisfatórias aos funcionários até o dia 3 de junho de 2024. Caso contrário, segundo o presidente do sindicato, Edivaldo Santiago, uma greve de ônibus poderá ocorrer na cidade de São Paulo.
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Inicialmente, o Sindicato dos Motoristas havia anunciado uma paralisação para esta quarta-feira, 29 de maio, na Viação Metrópole Paulista. A empresa, que é a maior operadora de ônibus da cidade com mais de 1,5 mil coletivos e atende cerca de 800 mil pessoas diariamente nas zonas Sul e Leste, bem como no centro, não enviou representantes às negociações, o que levou ao anúncio da possível paralisação das 00h às 14h.
No entanto, o sindicato decidiu adiar a paralisação para permitir que as negociações avancem de forma abrangente com todas as empresas envolvidas. A decisão foi considerada prudente para manter a esperança de um acordo satisfatório.
Em 10 de maio de 2024, os motoristas aprovaram um estado de greve no sistema de ônibus de São Paulo, após rejeitarem a proposta das empresas de um reajuste salarial de 2,77% pelo IPC-FIPE, índice que oferece o menor percentual de reajuste. O sindicato está pedindo uma correção salarial e de benefícios de 3,20% pelo INPC-IBGE, além de um aumento real.
Além do reajuste salarial, os trabalhadores reivindicam o pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), convênio médico, redução da jornada de trabalho, fim da 1 hora de refeição não remunerada, e melhorias específicas nos setores de manutenção.
Os próximos dias serão cruciais para as negociações, com a esperança de evitar uma greve que afetaria milhões de passageiros na cidade. As empresas de ônibus e o sindicato dos motoristas têm até o dia 3 de junho para chegar a um acordo que atenda às demandas dos trabalhadores e evite a paralisação do serviço essencial de transporte público.