ViaMobilidade e ViaQuatro prestam homenagens no Dia do Ferroviário

No dia 30 de abril, a ferrovia no Brasil celebra 170 anos de história, marcando uma jornada repleta de realizações e contribuições para o desenvolvimento do país. Desde 1854, quando D. Pedro II inaugurou o primeiro trecho da Estrada de Ferro Petrópolis, no Rio de Janeiro, as ferrovias têm sido um pilar essencial da infraestrutura de transporte do Brasil, escrita por pessoas dedicadas que revolucionaram os trilhos com avanços em tecnologia, segurança e excelência no atendimento ao passageiro.

Neste Dia do Ferroviário, a ViaQuatro e a ViaMobilidade celebram a história e o compromisso dos mais de 4,5 mil colaboradores que se dedicam diariamente a garantir viagens com conforto e segurança aos passageiros. Juntas, as Linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda transportam quase 2 milhões de pessoas por dia, conectando comunidades e impulsionando o desenvolvimento das regiões por onde passam.

Os investimentos previstos para as linhas de metrô somam mais de US$ 5 bilhões em tecnologia, operação, manutenção e melhorias. Nas linhas de trem, foram investidos 2,9 bilhões nos dois primeiros anos de concessão, em um contrato de 30 anos que prevê investimentos de R$ 4,1 bilhões nos três primeiros anos de operação.

Legado e paixão pela ferrovia

Para muitos ferroviários, a profissão vai além do trabalho, sendo um legado transmitido de geração em geração. Hamilton Trindade, gerente executivo de atendimento da ViaMobilidade, é um exemplo disso. Com mais de 37 anos na ferrovia, segue os passos de seu pai e avô, contribuindo para a história dos trilhos com dedicação e orgulho.

Hamilton Trindade, gerente executivo de atendimento da ViaMobilidade (Foto: Divulgação)

“Eu nasci e fui criado em uma casa de colaboradores da ferrovia, em Poá. Sou filho único, então carrego comigo a responsabilidade de perpetuar esse legado. Sinto uma satisfação imensa, pois é muito gratificante contribuir para que milhares de pessoas utilizem os trens todos os dias. É uma missão nobre que quero transmitir para os meus netos. Inclusive, já os trouxe para conhecer o sistema ferroviário e eles já ganharam trenzinhos de brinquedo”, conta Hamilton Trindade.

Fernando Nunes, gerente executivo de manutenção da Linha 5-Lilás, faz parte da quarta geração de ferroviários de São Paulo, honrando a tradição familiar e contribuindo para as inovações tecnológicas que tornam os sistemas mais modernos e seguros para os passageiros.

“É mais do que uma profissão, é uma paixão que corre pelas nossas veias. No Brasil e no mundo, a ferrovia sempre trouxe evolução para as cidades por onde passou. Foi precursora de tecnologias, como o uso da eletricidade na mobilidade urbana, que deu origem aos carros elétricos. É gratificante fazer parte desta história de desenvolvimento e contribuir para as inovações tecnológicas que tornam os sistemas mais modernos, seguros e confortáveis para os passageiros”, relembra. “Inclusive, essa paixão atravessa gerações, pois meu filho já atuou na ferrovia e fez história como a quinta geração da família nesta área”, completa. 

Fernando Nunes, gerente executivo de manutenção da Linha 5-Lilás (Foto: Divulgação)

Mulheres como Andréa Karla Monteiro, supervisora de tráfego das Linhas 8 e 9, e Nathália Martins, gerente executiva de atendimento da ViaQuatro, também deixam sua marca na história dos trilhos, mostrando que não há limites para os sonhos e competências femininas no setor ferroviário.

Andréa Karla Monteiro, supervisora de tráfego das Linhas 8 e 9 (Foto: Divulgação)

“Quanto mais a gente aprende, mais a gente se envolve. Não conduzimos somente um trem, transportamos milhares de pessoas cheias de esperança e sonhos. Hoje, dou treinamento para as novas turmas e falo que a ferrovia funciona como uma engrenagem que envolve os times de controle, manutenção, operação e atendimento. Quando todos dão o melhor de si, o carrossel gira em perfeita sintonia e isso é encantador”, ressalta Andréa Karla Monteiro, que ingressou na ferrovia há 30 anos, no primeiro concurso que aceitou mulheres na condução dos trens.

Nathália Martins, gerente executiva de atendimento da ViaQuatro

“Ser mulher e trabalhar em um setor ainda predominantemente masculino é um reflexo do tamanho da mudança do contexto organizacional ao longo dos anos. Cada vez mais, as mulheres estão ganhando espaço e essa é uma forma de demonstrar que podemos ser e estar onde nós queremos, pois não há limites para os nossos sonhos. A nossa competência, determinação e resultado não são avaliados pelo nosso gênero e sim pelo nosso desempenho e isso é essencial para a história da ferrovia no país”, descreve Nathália Martins que há 14 faz parte do time da Linha 4-Amarela. 

Novas gerações continuam a história

As novas gerações também perpetuam a história sobre trilhos, como Valdir Dias, supervisor do CCO das Linhas 8 e 9, e Amanda Pierrini, arquiteta e urbanista na Engenharia de Mobilidade, que seguem os passos de seus familiares e contribuem para manter viva a tradição e o progresso das ferrovias brasileiras.

Valdir Dias, supervisor do CCO das Linhas 8 e 9 (Foto: Divulgação)

“O CCO é o cérebro da operação comercial, pois centraliza as informações de acordo com as demandas do campo e mantém a circulação. Nosso trabalho é manter a regularidade da operação dos trens como um maestro desta orquestra que transporta histórias e sonhos. Aqui, honro o legado do meu pai, que foi ferroviário e se aposentou. Tudo o que conquistei na vida até hoje foi graças à ferrovia, inclusive os aprendizados diários”, detalha Valdir Dias.

Amanda Pierrini, arquiteta e urbanista na Engenharia de Mobilidade (Foto: Divulgação)

“O metrô e a ferrovia influenciam muito no urbanismo e na construção da cidade. Uma estação nova pode transformar um bairro inteiro e isso é muito potente. É uma honra seguir o mesmo trilho da minha família. Desde criança aprendi a amar a ferrovia, seja pelo ferrorama que ganhei ou pelos dias em que fui conhecer o trabalho do meu pai e ele me explicava tudo com brilho nos olhos. Enxergá-lo como uma das pessoas que fazia São Paulo se movimentar todos os dias era lúdico para mim e fiquei deslumbrada. Principalmente sabendo que naquelas estações trabalharam meu avô e bisavô. Hoje, tenho a honra de contribuir com projetos que mantêm essa história viva”, relata Amanda Pierrini.

Neste mês do ferroviário, é uma oportunidade para reconhecer e celebrar o compromisso e dedicação dos profissionais que tornam possível a jornada de milhões de passageiros pelos trilhos do Brasil, construindo um futuro cada vez mais promissor para o transporte ferroviário no país.

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