Na manhã desta quinta-feira (25), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), quebrou o silêncio pela primeira vez em relação à suspensão da assinatura do contrato do Trem Intercidades, projeto que visa ligar São Paulo a Campinas a partir de 2031. Expressando confiança na capacidade do estado de reverter a decisão judicial, Tarcísio destacou que o cronograma estabelecido não será prejudicado.
A suspensão da assinatura do contrato, determinada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) na terça-feira (23), ocorreu após uma ação movida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo (STEFSP), que levantou questionamentos sobre o leilão realizado em fevereiro e apontou irregularidades no edital. Essa decisão também afeta a concessão da Linha 7-Rubi, entre São Paulo e Jundiaí. O investimento previsto para a obra do Trem Intercidades é de R$ 14,2 bilhões.
Participe dos canais do Mobilidade Sampa: X (antigo Twitter), Facebook, Instagram, Threads, Bluesky, YouTube, LinkedIn ou canais no WhatsApp e Telegram
Tarcísio de Freitas caracterizou as judicializações de licitações de infraestrutura como comuns no Brasil e enfatizou a confiança do governo em reverter a suspensão por meio de recursos judiciais. Ele assegurou que o contrato será assinado dentro do prazo estipulado, sem alterações no cronograma previsto.
Durante sua visita a Americana (SP) para a entrega de moradias, o governador reiterou seu compromisso com o projeto e mencionou planos para integrar o Trem Intercidades ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. Ele ressaltou que os esforços para a retomada da obra da Linha 17 em São Paulo já estão em andamento, indicando uma futura conexão entre os aeroportos de Viracopos, Guarulhos e Congonhas.
O consórcio C2 Mobilidade Sob Trilhos, composto pelo grupo brasileiro Comporte e pela empresa chinesa CRRC, foi o único participante do leilão e obteve a concessão para explorar o Trem Intercidades por três décadas.