A Prefeitura de São Paulo decidiu recuar da ideia de estabelecer uma parceria com a iniciativa privada para a exploração de canteiros e acessos na Marginal Tietê. Inicialmente, as empresas seriam responsáveis pela manutenção e ocupação desses espaços, podendo realizar atividades e eventos em troca.
No entanto, o chamamento público para o Procedimento Preliminar de Manifestação de Interesse (PPMI), que convocou interessados a apresentar estudos indicando a viabilidade técnica, jurídica e econômico-financeira do projeto, foi suspenso na última segunda-feira (1°), conforme comunicado da Coordenadoria de Desestatização e Parcerias, assinado pelo secretário Paulo José Galli.
A Marginal Tietê, com seus 23 quilômetros de extensão cortando as zonas Norte e Leste da capital, possui cerca de 2,7 quilômetros quadrados de canteiros e faixas de verde entre as pistas, que atualmente estão sem uso.
No edital divulgado pela prefeitura, foi alegado que “as áreas dos canteiros possuem baixo aproveitamento e significativa complexidade para zeladoria”.
O debate sobre o assunto estava no início, e o edital não especificava as possibilidades de exploração das áreas no entorno da Marginal Tietê, como parques lineares, praças ou pequenos comércios.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) explicou que as empresas seriam responsáveis por “abastecer a prefeitura com material técnico sobre a viabilidade” do projeto, com prazo final até 27 de maio. Os interessados deveriam também indicar que tipo de atividades de geração de receitas, sem recursos públicos, poderiam ser instaladas nesses espaços.